segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 100 (SEGUNDO Capítulo de EDIÇÃO ESPECIAL)

-Por que estou tão enjoada seu Fernando?-pergunta Lety ainda passando mal.
O carro não pega fico assustado mas, ainda sim, eu ignorei a pergunta dela, ignorei o que ela sentia, nem sequer respondi, eu estava mais preocupado com os assuntos da empresa, admito, fui um infeliz com ela.
Passaram-se 2 dias, dessa vez o cenário era diferente, estávamos em um lindo lugar, cheio de plantas, cheio de paz, e Caminhávamos no meio de todo aquele lindo cenário, só que não estávamos caminhando como um casal comum, não mesmo, ela caminhava na frente e eu atrás, quando chegamos perto de onde as pessoas estavam, comecei a correr meus olhos desesperado, sim, em um grande desespero, eu estava a procura de algum conhecido, que infame, que infeliz, maldito medo, maldito compromisso, eu deveria estar mais preocupado com ela, com a mulher da minha vida mas, pelo contrário, eu estava mais preocupado com o que os outros diria, ou será, que os meus pais descobrissem, que eu estava namorando e amando uma mulher "feia", que todos achavam feia, eu não, eu já amava mas, eu não tinha coragem de assumir, demorou para que eu assumisse para mim, sofri muito ao assumir para mim, que idiota, eu sou, e ter de assumir para os meus pais, para mim era quase impossível puts...
Lety logo percebeu meu desespero em procurar os conhecidos.
-Tá vendo alguém conhecido, Seu Fernando?-Lety encolheu os ombros.
-Não, Lety, ninguém.-eu estava desconcertado.
-Que bom!-Lety sorrir para mim.
Como ela conseguia, continuar sendo tão doce comigo, enquanto eu estava sendo um infeliz com ela, como pude meu Deus, como pude?
-Bom dia.-fala o garçom.-uma mesa pra dois?
-É, pra dois.-fala Lety sorridente.
-É!-falo um tanto sem jeito.
Todos olham para mim e para Lety e eu sei que naquele momento eu demonstrei estar com vergonha dela, cara, eu sou um canalha.
-É-pigarreio-Será que...você teria uma mesa um pouco mais reservada, por favor?!-pergunto sem jeito e Lety encolhe os ombros, sei o que ela está sentindo, ela está se sentindo rejeitada, está com vergonha de estar comigo e eu não a ajudo em nada com essa atitude.
-Venha por aqui, por favor!-fala o garçom, guiando a gente para a mesa.
-Obrigado, vamos!-falo enfim pegando em Lety.
Cada vez que vejo isso tenho mais raiva de mim, depois de vários minutos, enfim decido triscar nela, eu a amo, eu já a amava, apesar de que agora eu sei, eu não a merecia, eu não a tratava, como ela merece, ai o quão ruim eu fui, meu Deus, me arrependo amargamente disso, por isso entreguei minha vida e minha liberdade a ela, era o mínimo, que eu poderia fazer, depois de todo mal, que fiz a ela.
E agora depois de todos nos olharem com desaprovação para nós, eu novamente a solto, por estar com vergonha. Que canalha Fernando, que canalha.
O garçom nos leva até a mesa e ele mesmo puxa a cadeira para ela, pois nem a isso eu me dignei a fazer.
-Obrigada.-Lety puxa a cadeira para perto da mesa.
Eu sento ao seu lado e arregaço as mangas.
-Eu já vou trazer o cardápio, um momento.-fala o garçom saindo.
-Sim, obrigado.-falo sorrindo e olhando para baixo.
-Obrigada.-fala Lety sorrindo.
Estendendo o guardanapo na mesa para disfarçar, meu jeito envergonhado.
-Seu Fernando.-Lety me tira do meu álibe.-Tá com vergonha?
Olho para ela com uma expressão ilegível e novamente para disfarçar arregaço as mangas da camisa.
-De que?-pergunto assustado.
-De vir a um lugar assim... comigo?!-fala Lety sem jeito.
-Não mas, é claro que não, que bobagem!-falo novamente mentindo, quando na verdade o que eu mais queria e eu sei e admito, era que a terra me engolisse, que infame, eu sou.
-Seu Fernando não negue o senhor tem toda a razão de sentir constrangido.-falou Lety com uma expressão séria.
-Não Lety, por favor para.-falo tentando diminuir minha vergonha e tentando consolá-la, pelo menos isso de bom admito, eu odiava, vê-la se sentindo mal por causa da minha vergonha, como sou canalha, ela é a melhor mulher com quem eu estive e eu tinha vergonha dela.
-(Lety suspira) É...É que aqui só tem gente elegante com outro tipo de roupa...diferente, o senhor entende?!
-É que aqui nessa cidade Lety, faz muito calor e além do mais não é um hotel formal, as pessoas se vestem assim, um pouquinho mais despojado.-falou querendo parecer convincente, quanto nem eu mesmo me convenceria.
-Tá, tá...quer saber seu Fernando, a felicidade dura muito pouco...tou me sentindo tão deslocada.-fala Lety tristemente.
-Não diga isso por favor.-falo novamente tentando convencer, eu também estava me sentindo assim mas, não por causa da roupa mas, pelo modo como nos olhavam, parecíamos, uma atração exótica num zoológico, admito, eu não entendi porque as pessoas nos olhavam assim mas, me sentia mal, só não sei dizer se era por ter que me casar com Márcia e querer ficar com Lety mais que tudo no mundo ou enganar a Lety com promessas que eu não poderia cumprir.
-O senhor conhece a minha família...nós não estamos acostumados a...a tanta beleza.-fala Lety sem jeito parecendo se distrair com as mãos.
Olho surpreso com tal conclusão.
-E não trouxemos nenhuma roupa para trocar.-fala Lety nervosa.
-Assim isso é um problema mas, não se preocupe, assim que acabarmos de tomar café vamos resolver isso.-falo sinceramente pela primeira vez em minutos.
Lety sorrir mas, após alguns instantes sua expressão muda e ela sussurra:
-Seu Ariel Vilarroel?!-Lety fala assustada.
-Ein?! Quê?!-falo assustado e confuso, analisando e procurando Ariel por entre as pessoas que estavam lá, depois sorrio irônico.-ai...ai...Lety que piada de mal gosto.-falo sério para ela.
-E-e-ele passou para lá seu Fernando.-fala Lety nervosa com meu olhar. -não tenho certeza mas, acho que era o seu Ariel Vilarroel.
-O Ariel, tem certeza, aquele mala sem alça?-pergunto assustado. E o que eu não estava querendo que acontecesse se realiza, o carinha do colinho aparecer e me demascarar para todos, na verdade, olhando agora, eu merecia isso, sim eu merecia.
-Aham.-fala Lety assustada.
-Ele viu a gente?-pergunto assustado.
-N-não, não, só vi ele passando.-Lety continuava assustada.-ah talvez eu tenha me confundido.
Olho em volta, ainda procurando o Ariel, para saber onde ele estava, se estava me vendo, se havia me reconhecido, por fora, eu estava tão tranquilo as, por dentro eu estava desesperado, encontrar o Ariel, droga de mundo pequeno, e se ele me descobrisse, eu bem que merecia, por está enganando a mulher que me ensinou a amar e me tornou um homem de verdade.
-Talvez eu tenha me confundido, de repente não era ele, deve ser minha consciência pesada, porque eu acho que não mereço está contente.-fala Lety angustiada e corta meu coração.
-Como não merece está contente? Não se menospreze.-pergunto assustado.
Lety, eu que não mereço, eu que sou o desgraçado, que arruinou sua vida, eu que te coloquei nessa furada, eu que te levei para se jogar no abismo, a culpa foi minha, eu que mereço ser o mais infeliz dos homens, aliás eu já sou e te levei para minha escuridão, te levei para minha escuridão, só que você foi a luz aqui dentro, você me iluminou mas, ainda assim, a única coisa que você não merecia, era que eu tivesse feito, o que eu fiz, que eu tivesse estragado sua vida, estragado sua tranquilidade, eu que não sou merecedor de você mas, você, é necessária em minha vida.
-É...é porque...-fala Lety confusa.
-E você me assustou ein, não faz mais isso não, tá bem?!-falo acariciando sua coxa.
-Ahh obrigada.-fala Lety feliz.-estamos tomando café da manhã juntos.
-É...a gente nunca fez isso, não?!-estou surpreso.
-Não!-fala Lety sorrindo.
-Bom apetite.-falo sorrindo sinceramente.
-Igualmente!-ela sorrir cintilante.
-Ah eu também pedi goiaba.-fala Lety sorrindo.
Eu sorrio e faço um sinal de dois com a mão, para dizer que nós dois combinamos, é a verdade, eu não existo sem você Lety e com modéstia digo, que você não existe sem mim, te amo.
#Continua_amanhã

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