sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 104 (SEXTO Capítulo de EDIÇÃO ESPECIAL)

Sabe lembrar da Márcia, me fez recordar o motivo que me levou a ser noivo dela, me lembro como hoje, dois dias antes da eleição para presidente, eu e Omar estávamos em minha sala, eu era vice presidente, minha sala era a sala que era do Omar, estávamos sentados justamente pensando e conversando sobre a empresa.
-Fernandinho, Fernandinho, acho que nós temos que armar outro plano para você conquistar a presidência maninho.-fala Omar com um ar no mínimo instigador.
-Ah sei, um plano mas, nossas metas serão suficientes, Omarzinho.-falo sorridente e confiante enquanto folheio o plano de metas.
-Não, Fernando, não será suficiente cara, nós ainda nem sabemos o plano do Ariel mas, raciocina comigo.-fala Omar se mostrando ainda mais instigador.
-(risos) você...raciocinando, Omar?! Que novidade!-falo sorridente.
-Ah Fernando é sério, me escuta olha...
-Sim, meu amigo fale logo!-falo o encarando olho a olho.
-Olha, pensa comigo, nós sabemos que você tem garantido, o meu voto, o seu e o de sua mãe.-fala Omar contabilizando nos dedos.
-Ah nossa, você tá me animando muito cara.-falo ficando sério.
-Ou seja três votos...
-Não, diga, eu não sei contar, esqueceu. Ai Omar me poupa cara.-falo impaciente.
-Fernando, você sabe melhor que eu, que seu pai, vai analisar cada vírgula desse projeto e você ainda corre o risco de ele votar no Arielzinho, ao invés de votar em você...
-O que você quer dizer com isso, rapaz?!
-Fernando, nós dois sabemos que seu pai, sempre teve um pé atrás com você, principalmente por conta das tantas vezes que você traiu a sua namoradinha, a Marcinha Feraroel.-falou Omar com um sorriso de canto de boca.
-Feraroel, gostei mas. ainda sim respeita a Márcia rapaz. E você sabe muito bem, que eu a traio porque você e...e bem...essas beldades, que aparecem aqui na empresa...me deixam sem opção, você sabe disso, eu me sinto atraído e simplesmente não consigo resistir a uma 90, 60, 90.-falo delirante.
-Pois é, e graças a isso seu pai não vai votar em você, a menos que esse projeto o convença mas, nós sabemos que ele vai analisar nos mínimos detalhes.
-É verdade...
-E quem resta, Lopes, que bem, você sabe, é um babão, logo temo que ele vá escolher na hora o melhor para ele votar; temos o Duarte, que sabemos obviamente que não votará nunca em você, temos a Ana Letícia, que não entende muita coisa mas, com certeza Ariel a deve ter convencido a votar nele e sem contar no próprio Ariel, que vai votar nele mesmo com certeza e no fim temos a sua namorada, a Márcia e ela com certeza votará no Ariel e tudo isso graças, as suas escapadinhas.-falou Omar.-com isso Ariel já ganhou ele tem 5 votos garantidos, você se deu conta disso, Fernandinho?!
-Sim mas, você esqueceu o Luidi.-falou Fernando.
-É mas, nós sabemos que a mariposinha vai com certeza apoiar a amiguinha, Márcia, logo, novamente, você perde para ele.-Omar conclui.
-É verdade.-falo enfim.
-Fernando, o Ariel está a sua frente cara, ele tem tudo para ganhar a presidência de você.-fala Omar seriamente me encarando com seu olhar severo e seus cotovelos em cima da mesa.
-E o que você quer que eu faça? Eu não posso sabotar o plano dele, ou chantageá-lo mas, também, não estou disposto a perder para ele esse cargo e essa oportunidade.-falo batendo a mão na mesa.
-Então cara, nós podemos reverter a situação e eu tenho um plano, um bom plano.-fala Omar.
-Qual, vai diz...
-É...
-Já sei, mandar sequestrar o Ariel...não, não, melhor, vamos tocar fogo no plano dele...-falo em tom sarcástico.
-Claro que não Fernando, você tem em suas mãos um voto ou até mais de um.-fala Omar me intrigando.
-Como assim, cara, explica.-falo confuso.
-A Márcia, Fernando, você pode garantir o voto dela.-fala Omar.
-(começo a sorrir disparadamente) Sério?! A Márcia...Omar, você está louco, a Márcia nem que ver minha cara, desde aquele caso que tive com a Carla Lagunes, que ela descobriu graças a sua genialidade.-falo zangado.
-Pois é, mano mas, você também, não dá para ela uma segurança, você não sabe tratar bem uma mulher.-fala Omar sorridente.
-Ah, falou o guru do amor, o mestre da conquista, fala sério Omar, você é mais canalha que eu não esqueça da...
-Ah, nem me lembre mas, veja, você namora a Márcia a 3 anos cara, já tá na hora de você parar de cozinhá-la no banho Maria...
-O que você quer dizer com isso rapaz?
-Fernando, raciocina, peça-a em casamento e garanta o voto dela e de seu pai.-fala Omar sério.
-QuÊÊÊÊÊÊÊ?-eu dou um salto da cadeira assustado.
-Sim, peça a mão dela, garanhão.
-Não, Omar, não, eu não quero me casar com a Márcia, e tem mais, você sabe que eu não penso em me casar jamais, não fui feito para o casamento, fala sério, não me vejo embaixo de o mesmo teto que uma mulher durante anos e apenas com uma, pior se apareceram, filhos,-falo me tremendo todo.-nãm, Omar.-O pego pelo terno.-eu não nasci para me casar, não vim a esse mundo para contrair matrimônio cara, meu negócio é...você sabe...ficar com as mais belas mulheres...-falo delirando.
-Isso, Fernando, isso mesmo, continue assim e seu pai, não vai votar em você, porque vai achar que você não amadureceu, ele vai votar no Ariel e que está parecendo mais maduro que você.-Omar fala zangado.
-Mas, Omar, eu não tenho vontade de me casar.-falo por fim.
-Fernando, você precisa garantir a seu pai, que está mais maduro e pedir a Márcia em casamento, seria a prova maior disso, Fernando, pensa, se você não fizer isso e garantir esses dois votos, os únicos possíveis a você, você vai perder a presidência para o Ariel.-fala Omar sério.
-Não, Omar, isso não, eu nunca mais deixarei o Ariel tomar o que é meu.-falo severamente.
-Pois então, case-se, sacrifique-se, mas, não permita que esse mocinho risonho, se sente naquela cadeira.-fala Omar.
-Tá bom, tá bom, seu...capetinha, você venceu, eu vou pedir a mão da Márcia amanhã mesmo.-falo decido.
-Fernando, raciocina, amanhã é o dia que antecede, a eleição, se você a pedir em casamento, vão desconfiar...
-Você tem razão mas, o que quer que eu faça?-falo desesperado.
-Fernando, não espere nem mais um milésimo de segundo, saia daqui da Conceitos e passe na casa dela e peça a mão dela, hoje mesmo.-fala Omar decidido.
-Comoo, ho-hoje?-falo assustado.
-Sim, hoje, hoje mesmo, agora, quanto mais rápido melhor.-fala Omar.
-Mas, Omar, se eu ficar noivo da Márcia, eu não vou mais poder curtir, você me entende...eu queria pelo menos me despedir hoje...uma despedida de solteiro, você sabe...-falo safadamente.
-Fernando Mendiola, esqueça isso e tem mais, depois que você pedi-la em noivado, você pode fazer o que você quiser, ela ficará mais tranquila e não é porque você está noivo que tem que se comportar, é só você ser mais discreto cara mas, advirto que você tem que se segurar até o dia da eleição.-Omar estava com uma expressão muito séria.
-Ah, cara, não acredito...-falo decepcionado.
-Sim, porque se você sair ainda hoje e amanhã também, não vai adiantar de nada, você tem que convencê-la que você mudou e se arrependeu e que você a ama muito e por isso mesmo, quer casar com ela.-fala Omar.
-É por isso que não quero isso...
-Você não tem querer faça isso...e tem mais, deixe bem claro para ela que você está pedindo a mão dela, porque a ama e não porque quer o voto dela, entendeu?
-Tá, ô capetinha.-falo Saindo da sala dele.
-Vai meu herói, meu garanhão, boa sorte!-fala Omar.
Depois me lembro que sai da sala dele, passei na floricultura, comprei um buquê de flores e uns chocolates e fui a casa de Márcia, bati a porta de sua casa.
-Quem é?-ela gritou lá de dentro.
-Sou eu, seu amor, Fernando!-falo todo fingido.
-Fernando, sai, eu não quero mais te ver, vá lá para sua Carlinha!-ela fala irritada.
-Amor, por favor, abre, eu preciso que me escute, por favor.-falo implorando.
-Tá bom Fernando, mas, não quero que você venha com o mesmo discurso de sempre, que foi um acidente, que você nunca fez isso e etc, eu não vou entender...-fala Márcia zangada.
-Tá bom amor, eu prometo.-falo ainda fingindo e escondo o buquê de rosas atrás de mim.
Márcia abre a porta, ela estava como sempre com a linda camisola de seda branca e mostrando seu lindo corpo.
-Que é Fernando?-ela me pergunta com ferocidade.
-Márcia, eu quero que você me perdoe.-falo tirando o buquê de rosas e os bombons e dando a ela.
-Fer-Ferna-Fernando, mas que coisa linda.-ela fala com a mão na frente da boca, muito emocionada.
-Meu amor, é que esse dias sem você para mim foram muito difíceis.-falo em tom dramático procurando ser o mais verdadeiro possível, porque para falar verdade nos dois dias que passei longe dela, eu estava curtindo com as modelos mais lindas, em orgias infinitas, noites de muito prazer e cheio de satisfação.
-Ai Fernando.-ela fala se jogando em meus braços e me beijando com carinho, como ela sempre fazia e eu retribui o beijo.-entra meu amor, entra, vamos conversar.-ela puxa-me pelo braço depois que passo fecha a porta.-vou colocar as rosas em jarrinho e volto, só um segundo meu amor.-ela fala beijando minha testa e depois sai.
Fico a pensar, que talvez o casamento não fosse tão ruim, talvez quem sabe, eu não pudesse amá-la algum dia, ou que eu pudesse, enquanto estava com ela, de repente, em uma escapada, descobrir o quanto a amava ou se minha vida ainda tinha jeito, porque na verdade, nunca acredite, no amor, no amor verdadeiro, na alma gêmea também não e muito menos na metade da laranja, quando Márcia voltou com um sorriso de orelha a orelha, confesso que me senti feliz, ela sentou sensualmente a minha frente, na mesinha de centro e me encarou.
-Ok, Fernando e o que você me diz sobre a Carla...-ela fala demonstrando um grande incômodo.
-Meu amor, eu sei que errei.-falo pegando sua mão e beijando.-mas eu estou aqui para mostrar que te amo.-aperto suas mãos contra as minhas.-e Márcia eu não quero falar da Carla, eu quero falar de nós dois.-falo decidido.
-Ok, meu amor, se você não quer...vou respeitar.
-Obrigado, Márcia, eu quero lhe dizer que eu estou mudando, eu percebi agora, que não vivo sem você, eu te amo muito Márcia e eu gostaria que você me desse uma oportunidade, para demonstrar, como mudei.-falo para ela demonstrando sinceridade mas, na verdade de sincero, nem meu nome, que se digam minhas palavras.
-Ok meu amor, eu vou te dar uma nova oportunidade, porque eu te amo, eu não vivo sem você.-fala Márcia com lágrimas nos olhos.
-Márcia, eu sei que estou te enrolando a 3 anos e por isso mesmo eu vim aqui hoje, porque percebi meu erro, percebi o quanto fui um canalha com você...
-Sim, meu amor, você foi mas, agora não será mais...
-Me escuta Márcia, eu vim aqui hoje, exclusivamente porque eu quero pedir sua mão em casamento...
-Fer-Fernando, vo-você, quer se-se casar co-comigo?-pergunta Márcia incrédula.
-Sim Márcia, eu quero e saiba que eu quero me casar com você por que eu te amo.-falo pegando em seu rosto e acariciando-o.
-Mas, Fernando, algo não se encaixa...-fala Márcia se levantando.-Acho que você deve ter bebido muito.-ela fala cheirando meu hálito.
-Não, Márcia, hoje eu nem se quer bebi.-falo em seguida.
-Então, ah... já sei...você foi ameaçado por seu pai...-fala Márcia me encarando.
-Não, Márcia, não foi isso...
-Então, ah....deve ser isso, sim é isso, eu sei...você quer que garantir meu voto para ganhar a presidência, é isso Fernando?!-fala Márcia aos gritos.
-Claro, que-que não meu amor, e-eu, quero que você se case comigo, porque eu te amo, porque você é a mulher da minha vida, eu sempre sonhei em me casar com você e agora eu tenho mais certeza que nunca disso.-falo me levantando e pegando suas mãos.-Márcia Vilarroel.-me ajoelho a sua frente.-Você quer se casar comigo?-pergunto tentando novamente parecer convincente.
-Ai Fernando, se você me ama...é claro que aceito meu amor.-fala Márcia puxando minhas mãos, eu me levanto e a beijo.
Após isso Márcia quase que de imediato, liga para meus pais.
-Humberto, Teresinha, vocês não vão acreditar no que aconteceu.-fala Márcia feliz.
-O que houve Márcia?-pergunta Teresinha enquanto Humberto a observa.
-Fernando acaba de me pedir em casamento.-fala Márcia empolgada.
-QuÊ? Fernando pe-pediu você em casamento?-fala Teresinha assustada.
-Fernando? O nosso Fernando?-pergunta Humberto ainda mais assustado.
-Sim, ele mesmo, acabou de me pedir em casamento, estamos aqui em minha casa.-fala Márcia emocionada.
-Fernando está aí Márcia?-pergunta Humberto pegando o telefone de Teresinha.
-Sim, está!
-Deixe-me falar com ele.-diz Humberto.
-Amor, pra você.
Me lembro que peguei no telefone nervoso, meu pai, me deu os parabéns mas, antes me encheu de perguntas o mais, nós já sabemos, eu ganhei a confiança de meu pai e o voto dele e de Márcia, no final das contas era o que eu queria, apenas isso, somente isso.
#Continua_segunda




                                                                               

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 103 (QUINTO Capítulo de EDIÇÃO ESPECIAL)

-Não consigo parar de pensar no problema.-reviro o rosto me sentindo incomodado.-eu sei que me ama, que gosta muito de mim mas, o que vai acontecer depois que terminar com a dona Márcia?-ela fala de uma maneira insegura.
-E por que você está pensando nisso agora, por quê?-falo com um tom incomodado.
-Porque sou realista seu Fernando, o senhor e eu sabemos, que seus pais não vão achar graça se terminar o noivado com a Dona Márcia para ter um romance comigo.-fala Lety em tom firme.
-Lety, não se precipite, deixa chegar o momento, aí depois...-falo tentando fazer com que Lety se convencesse.
-Eu sei que seus pais não vão me aceitar jamais, além disso, eu não me encaixo no seu mundo.-Lety fala aflita.
Olho para os lados confuso e digo:
-Meu mundo?-falo confuso.
-É...seus amigos, seu círculo...-fala Lety ainda aflita.-minha família é muito simples, já imaginou os meus pais, falando com os seus pais, seu Fernando?!
-Lety, sua família é muito mais honrada, do que muito gente desse círculo a que você se refere.-falo. Inclusive mais honrados do que eu mesmo, porque eu posso até me considerar como o rei da desonra, nunca fui honrado, nunca, em toda a minha vida, eu fui honrado.
-Disso eu sei, seu Fernando!-fala Lety decididamente. Só não sabe que eu faço parte do círculo da desonra, com um lugar honrado, diga-se de passagem.
-Pode acreditar!-afirmo com segurança e o motivo é bem claro, eu sei por experiência própria, o que é ser desonrado.
Lety suspira...
-Me desculpa mas, ainda acho que...eu não sou a mulher certa para o senhor.-fala Lety por fim.
Olho-a com desaprovação, aliás, nós olhamos, porque eu e meu outro eu, sabemos muito bem quem não é certo para quem, eu que não sou o homem certo para Lety, sou um desonrado, um depravado, um sem escrúpulos, um empresário de coração frio, que só pensa em si, e em se dar bem, não sou sensível, não me importo com o amor ou com as pessoas, eu que não te mereço Lety mas, você, você é pura, é honrada, é sensível, você é meu contrário, você tem uma luz, que brilha em minha escuridão, uma luz, que mesmo na minhas trevas, brilha inapagável, brilha e retira a minhas trevas.
Após o almoço o cenário era outro, estávamos sentados de frente para um jardim, sentados em cima de um para peito.
-Eu tinha pena de ver tanto sofrimento da Márcia ela era uma menina e...chorava muito Lety, por isso eu a consolei mas, no fundo eu estava chateado porque minha vida tinha mudado.-falo aflito.
-Quando os Vilarroel, chegaram a sua casa...-Lety completa.
-É...eles estavam desconsolados e...os meus pais...quiseram compensar a perda que eles tinham sofrido, entende, entende Lety?!-falo ainda aflito.
-Hum rum...aposto que a Dona Teresinha e o Seu Humberto gostavam muito dos irmãos Vilaroel.-fala Lety.
-É...antes de chegarem, eu estava acostumado com os meus pais vivendo só pra mim sabe, mas de repente apareceram os Vilarroel e eu tive que dividir os meu privilégios,-eu falava e Lety me olhava como se sofresse como eu estava sofrendo, ela observava atentamente enquanto eu falava, enquanto eu falava a ela, ela prestava atenção, ela mostrava sofrer comigo, sentir comigo.-eu me senti largado, Lety, eu...eu era o mais importante pros meus pais e deixei de ser, os meus pais, até chegaram a me dizer, que eu não precisava mais de tanta atenção como aqueles pobres meninos...-meus olhos se encheram de lágrimas e Lety continuava atentamente me consolando.-que tinham ficado sem os pais,-eu não aguentei mais e as lágrimas começaram a descer e me trair, as lágrimas da grande dor, que até então, eu nunca havia dividido com ninguém, eu nunca havia falado a ninguém, nunca, eu havia dito o que eu realmente sentia.
De repente o cenário muda e estamos em uma casa, em plena festa de aniversário com alguém mas, eu me lembro bem desse cenário, dessa casa, desse lugar, era o aniversário do Ariel, esse dia foi triste para mim, meu pai, deu para ele uma bicicleta, isso me doeu muito, bem eu sei que sou egoísta e tenho vários defeitos mas, me lembro como hoje, que meu sonho de infância era ter tido uma bicicleta, sei que você deve tá pensando, mas, você era rico, até os filhos dos pobres tem bicicletas, porque você, um filho de um grande empresário de sucesso, não teria; bem, eu não tive, lembro que eu até cheguei a pedir pro meu pai, sim, eu cheguei, porque meu amigo Eduardo, o Dado, ele tinha uma bicicleta e se divertia muito com ela e eu queria ser como ele, eu queria ter uma bicicleta para passear pelos bosques, pelas florestas, pelas estradas, eu queria aquela liberdade que o Eduardo tinha, eu queria sentir aquele vento da liberdade que ele sentia ao andar de bicicleta, sim eu queria e me lembro que fui pedir ao meu pai, ele me negou, eu implorei, implorei, chorei, fiz drama mas, ele me negou, afirmando que eu não precisava de uma bicicleta, porque eu já tinha motorista a minha disposição para onde eu quisesse ir, eu fiquei muito triste e decepcionado; e no dia do aniversário do Ariel ele ganhou uma bicicleta, eu não resisto a essa lembrança, sempre sofro ao lembrar, as lágrimas caem; dias depois, enquanto eu passava para brincar, ouvi o papai dizendo a mamãe, que Ariel havia pedido uma bicicleta e que ele deu para que ele não ficasse traumatizado, me lembro que ao ouvir aquilo, fiquei muito triste, revoltado, chateado, eu não entendia porque meu pai, parecia gostar mais do Ariel que de mim... não foram fáceis meus dias desde que Márcia e seus irmãos chegaram a minha casa, quem é filho único, assim como eu era antes deles, sabe, eu já estava acostumado, todas as manhãs minha mãe ia pessoalmente até minha cama, me dava um beijo carinhoso de bom dia e me acordava com todo amor do mundo, me abraçava, me tinha em seus braços acariciava meus cabelos rebeldes e beijava novamente minha testa com ternura, depois dizia que me amava mas, que eu

precisava ir a escola, mas depois que os Vilarroel chegaram, os criados da casa que me acordavam, com frieza e muitas vezes até com ignorância, não me davam bom dia, apenas batiam com força na porta de meu quarto e se eu não acordasse puxavam meu pé, eles me maltratavam, eu era criança, não sabia como me defender e quando eu levantava para ir para a mesa do café, eu passava pela porta do quarto onde os Vilarroel estavam, e eu via minha mãe, os beijando como me beijava, os abraçando como me abraçava, acariciando meus cabelos, como acariciava os meus, beijando suas testas como beijava a minha, dizendo que os amava como me dizia; me lembro que meu pai, sempre tirava um fim de semana inteiro para brincar comigo, para se dedicar a mim, nós nos divertíamos muito, ele que me ensinou a cavalgar, me lembro do meu primeiro pônei, ele se chamava Alado, papai que deu o nome para ele e sempre cavalgávamos juntos mas, depois que os Vilaroel chegaram, meu pai me largou, quando eu o chamava para ir ao clube cavalgar comigo, ele dizia que não podia porque tinha que ajudar minha mãe com os Vilaroel, e houve um tempo, que ele combinou comigo, de irmos passear no clube mas, ele levava os Vilaroel e quando Ariel, Márcia ou Ana Letícia caíam do cavalo, lá estava ele os socorrendo, Ariel fazia o maior drama, até se o cavalo triscasse nele, ele se fazia de doente para tomar toda a atenção do meu pai, me lembro também que em uma ocasião, eu levei uma grande queda, fraturei meu braço, porém, quando cai e comecei a chorar, meu pai nem ligou porque o Ariel havia se jogado no chão e ele me largou, me deixou chorando de dor para ir até onde estava o Ariel, o motorista, sim o motorista que trabalhava com a gente, foi quem percebeu que eu estava mal e me socorreu, meu pai só foi perceber a gravidade do minha fratura, quando o motorista me levou ao hospital para engessar mas, isso foi só o começo, me lembro que comecei a beber muito cedo, meus amigos, me ensinaram a beber, assim que entrei na faculdade, fui ensinado pelos meus amigos a pegar mulheres, não a ter compromisso com elas mas, a pegá-las, fui ensinado a enganar as mulheres, fui ensinado a querê-las por uma noite para me satisfazer e pronto, e que não podiam ser qualquer uma, não, não, tinham que ser as mais belas, eu não me importava, nesse tempo eu namorava a Márcia, por convenção familiar mas, deitava com outras, a traía e eu nem me importava, as mulheres mais feiinhas, eu as ignorava, mangava delas, eu não queria saber, sabe as vezes penso que se talvez, meu pai, tivesse me ensinado, eu teria me tornado em um ser humano, sim, em um ser humano, se minha mãe tivesse me educado, eu não seria o sedutor nojento que fui, eu teria sido um cavalheiro, todas as burradas que fiz em minha vida, foram consequências de todos os males que passei na época que eu mais precisava, hoje entendo tudo muito melhor, fui amadurecer depois dos 30, aprendi tudo que era para mim ter aprendido quando pequeno, agora e hoje eu sei, que por trás de toda tragédia há sempre um drama.
-Os meus pais tinham razão, aquelas crianças...precisavam muito de apoio mas, eu era muito menino...-eu chorava e Lety enxugava as minhas lágrimas com amor e sabem o que eu senti, eu senti o alento, eu senti o consolo, eu senti o apoio, o ombro acolhedor, eu sentia que sim, eu estava protegido, apenas com aquele gesto de enxugar as minhas lágrimas, Lety me fazia sentir mais forte e mais protegido, coisa que em minha infância eu precisava, agora penso, eu poderia tê-la conhecido em minha infância, naquele tempo em que eu me sentia só, triste e abandonado, mas, acredito que tudo tem um tempo certo.-...Lety e eu não conseguia entender bem o que acontecia.-e ela continuava enxugando minhas triste lágrimas, sim eu nunca havia contado isso a ninguém mas, a Lety não é ninguém, a Lety é a pessoa que eu mais confio em minha vida, até mais que minha mãe, eu confio nela.
Agora o cenário muda e sim, estou em meu quarto, fazendo a promessa que destruiria minha vida, a promessa de não perder mais nada para o Ariel, isso destruiu minha vida, essa competição sem fundamento, esse sentimento de rivalidade que me perseguia, eu deveria nunca ter me deixado levar por essa promessa, choro ao pensar que quase perdi a Lety e a empresa de meu pai, por causa dessa maldita promessa, porque, porque eu não arranquei meu coração, porque eu não fiquei mudo, porque eu não morri antes de fazer isso, essa promessa destruiu minha vida, minha vida que nunca foi lá essas coisas se tornou pior, a partir desse maldito momento, em que eu prometi vencer o Ariel sempre, eu não deveria nunca ter feito isso, isso nunca, nunca, nunca.
-Ai começou minha rivalidade com Ariel Vilaroel,-Lety sofria ainda comigo, sentia cada lágrima que escorria pelo meu rosto.-quer dizer aí começou a rivalidade dele comigo,- comigo ainda em prantos, ela pegou minha mão e a apertou e foi como se ela me cobrisse, como um cãozinho, um filhote de cão abandonado sendo abraçado por alguém, uma alma caridosa e boa, foi assim que me senti naquele exato momento.
-Desde aquela época, eu me sentia assediado pela Márcia, quase encurralado, sabe ela tinha boas intenções...mas, eu ficava muito mal, porque ela nunca me deixava sozinho, Lety. ela ficava...-mais um fato óbvio, a Márcia me sufocava, sempre me sufocou, som admito, me apaixonei por ela mas, ela, não preenchia meu vazio, sim, eu gostava dela mas, após um tempo eu sentia como se eu beijasse e dormisse com minha irmã e em tempo mais a frentes, eu sentia como se eu tivesse dormindo com inimigo e quando dormi com a Lety, eu vi que todas as mulheres que passaram pelo meu corpo, só passaram mas, a Lety não, ela permaneceu, ela continuou, ela estava preenchendo definitivamente aquele vazio que eu sentia, ela estava em meu coração, na minha mente, ela estava no meu ar, no meu corpo, na minha pele, sentir seu cheiro, já me fazia feliz, ouvir sua voz era como ouvir um som de pássaros cantando uma sinfonia de Bethoven, a Lety mudou meu mundo, não a Márcia, sim eu achei que era a Márcia mas, a Márcia, era um desejo sim, da minha família mas, não o meu, não o que eu esperava e com ela tudo era fingimento e jogo, joguei come ela, sim eu a tornei minha noiva para conquistar seu voto, admito, eu a tornei minha escrava, antes ela me manipulava, depois virei o jogo para mim, me aproveitei de seu amor e manipulei-a, até ela fazer o que eu queria, assim como joguei com tantas outras mulheres, me arrependo de tudo isso e sei que o que a Lety me fez sofrer, é apenas castigo, para tudo que pratiquei em minha infeliz vida.
-Se te fazia tanto mal, como virou namorado dela?-Lety me perguntou confusa.
-Bom...com o tempo, Márcia se tornou uma mulher muito atraente, e...eu admito, eu cheguei a me apaixonar por ela...-falo com um pouco de indiferença e como eu disse antes, aprendi com os grandes mestres da sedução a pegar as bonitas mas, ao mesmo tempo, percebi que através da Márcia eu poderia conseguir mais com meu pai, sim, eu poderia, e assim foi, choro só de pensar no mal que fiz a ela.
-Era isso que eu imaginava, Seu Fernando.-Lety conclui meu pensamento, enquanto enxuga as minha lágrimas.
-O...olha Lety, e-eu nunca contei isso para ninguém, você é a única que sabe.-eu coloco minha mão sobre a sua e aperto.-esquece tudo, faz de conta que eu nunca contei essa história tá?!-eu bato de leve em sua mão, enquanto sorrio.-apaga da sua mente. Hum!-bato novamente de leve.
Sim, eu nunca havia contado isso a ninguém, nem minha mãe desconfia. E sabe, essa é a diferença da Lety para Márcia e as outras tantas mulheres que passaram por mim, a elas, eu nunca havia me aberto tanto, eu não falava sobre mim, eu não dizia o que eu sentia, jamais, eu apenas as queria como companhia para uma noite mas, a Lety não, a Lety era tudo, minha amiga, minha companheira, minha confidente, meu alicerce, minha coluna, meu cérebro, meu braço, minhas pernas, minha cabeça, meu coração, minha vida, ela me fazia ou melhor ela tinha um jeito especial de me fazer feliz e livre, eu era imensamente feliz com ela, por isso eu a amava e tinha medo de perdê-la, mesmo mentindo, eu tinha medo de perdê-la.
#Continua_amanhã

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 102 (QUARTO Capítulo de EDIÇÃO ESPECIAL)

-Ah lá no Megatron, as pessoas me animam, lá é diferente...-ótimo seu retardado, o que você quis dizer, que ela não te anima, muito bom, bravo para você, venham, venham ver o homem mais idiota, canalha e mentiroso do mundo, que decepção, que decepção.
-Tudo bem então, eu fico sentada e posso ser seu público e assim animo o senhor.-fala Lety saindo.
-Não, não sei.-falo em seguida-não, tá bem, tá bem.-aprendeu Fernando Mendiola, como se consola alguém, você é um abestado.-Ok, tá bem.
Depois disso, eu faço um papel ridículo e retardado como o cavalo do soldadinho de chumbo, aff, e ela disse que me amava e ainda me beijou, me beijou com amor, mesmo eu tendo feito um papel ridiculo, que combina bem com meu jeito ridiculo e egoísta de ser. Ai Lety, te amo, você é minha vida, o que seria de mim, sem você.
Depois disso, estávamos caminhando entre um jardim e um canteiro cheio de água, eu estava de mãos dadas com ela, estávamos felizes, muito felizes e serenos.
-Sabe Lety...eu tou muito contente.-falei serenamente enquanto caminhava ao lado dela de maneira calma e tranquila.-eu me sinto livre, sinto que nesse lugar e principalmente graças a você, eu posso manifestar o que eu realmente sinto, eu não me sinto pressionado, eu não tenho que me esconder de ninguém, e tudo...graças a você.-falo sorrindo para ela.
Ela sorrir docemente. E sim eu estava sendo honesto, ela me trazia paz, ela fazia eu mostrar o melhor de mim, ainda que eu meio que me recusasse por medo de enfrentar meus problemas, mas ainda sim, com a Lety, eu tinha a paz que eu tanto precisava, eu tinha o alento, eu me encontrava, eu era apenas e somente eu mesmo, ela sempre tirava de mim todo mal e me fazia muito bem.
Movido pelo amor, pela aquela imensa vontade de tê-la, comecei a beijá-la em gratidão pelo bem, que ela me fazia, eu me entregava a ela até nos beijos, eu a sentia mais forte quando nossos lábios se encontravam, tudo está perfeito, aquele lugar, aquele momento, aquele cenário, tudo conspirava ao nosso amor mas, de repente, avisto o maldito cunhadinho que caiu do colinho, ele parecia totalmente o contrário do que eu e Lety estávamos, ele estava zangado(bem, geralmente esse é o estado natural dele), estava estressado(o que também não é novidade) e estava tratando mal a mulher que estava com ele(o que também é jornal de muitos anos atrás), ele estava apressado e estava discutindo com a pobre coitada que deu atenção a ele e só parou a discussão, quando viu a mim e a Lety em um beijo, meu outro eu, nem estava ligando muito afinal de contas, o beijo estava melhor, droga será que ele nos reconheceu, ele analisava-nos com olhos famintos, como se fóssemos, um animal exótico, algo que ele nunca havia visto, caramba, tá eu mereço ser desmascarado mas, logo pelo e em pleno beijo, seria como entregar minha alma ao inimigo, ele parecia analisar cada um de nossos movimentos, eu estava nervoso, eu estava para desgrudar meu outro eu, da Lety, mas, pensando bem se eu fizer isso, o Ariel descobrirá mais rápido e acabará com minha vida em instantes, ai Deus, dai-me uma solução, parece que minha prece chegou aos céus, meu outro eu parou de beijá-la enfim, saimos sorrindo, até que o Ariel fala e quando ele e Lety percebem, arreganham os olhos em um susto horrendo e se jogam no sofá, quase que entrando no estofamento, eu nem queria sorrir mas, aqueles olhos arregalados, com aquela vontade monstra que o sofá nos engolissem, me arrancaram risadas, risadas essas, que até então, eu não tinha soltado pois, minha raiva e minha tristeza eram mais evidentes, Ariel continuava a discutir com a pobre mulher, coitada, Ariel após tratar muito"bem" a pobre mulher, chamou um funcionário do hotel e graças a Deus, pediu a conta do hotel, com isso eu tinha a garantia, que ele não poderia mais nos atrapalhar e me denunciar.
-Eu disse, seu Fernando, eu disse que tinha visto ele!-Lety estava sussurrando e sua voz parecia mais infantil e meiga do que nunca, que linda ela é.
-Não, não, você disse que achava ter visto ele.-falo sussurrando mas de maneira firme, acabei de notar que meu penteado não estava como o de costume, eu não estava usando gel, até que fiquei bonito assim, rio novamente.
-Bom, eu achei que tinha visto mas, se ele está aqui, é porque eu vi.-completa Lety seriamente.
-Rá, pois é, e ele está aqui.-falo indignado.
-Mas, já vai embora.-Lety completa.
-É verdade...-falo por fim.-isso quer dizer, que você e eu ficaremos livres.
Lety sorrir.
-É...
Depois damos outro beijinho. Ufa, que alívio, enfim a sós novamente, ai nossa, estou sentindo um alívio enorme, o Ariel sempre causa isso nas pessoas quando sai, é o costume dele.
Agora estávamos almoçando, após falarmos do Ariel, Lety começa a demonstrar sua tristeza.
-O que mais desejo na vida seu Fernando, é que nosso relacionamento seja limpo e transparente, que não tenhamos mais que nos esconder de ninguém e-eu não quero mais me sentir culpada, chega. Eu não quero mais ser a outra.-Lety segura minha mão forte, sinto um tom grande de súplica em sua voz, e um aperto em meu coração e novamente percebo o mal que fiz a ela, caramba, isso é torturante e sim, eu fiz isso com ela, isso aconteceu, não é sonhos, quem dera que fosse, é realidade, é verdade, eu fiz isso a ela, eu causei esse mal a ela, a coloquei na posição mais humilhante da minha vida, a coloquei como a outra, sendo que ela era a única, que fraco e covarde, eu sou.
-Lety, por favor...-falo suplicante, eu deveria ficar calado, eu mereço tudo isso, eu mereço, você não Lety, passo a mão em seu rosto mas, novamente minha mão a atravessa, que raiva, eu que mereço, eu que mereço, a culpa foi toda minha.
-E as vezes penso que não mereço a felicidade...-ela fala
-Ai meu Deus, por que você está dizendo isso?-pergunto. Seu idiota, não percebe, ela não é feliz dessa forma, ela não é feliz sendo a outra, ela não é feliz com as coisas que você a impoe, ela não é feliz. Minha vontade é de esmurrar meu outro eu mas, não posso, minha mão atravessa sua cabeça, é como se eu desse socos e murros no ar ou em uma imagem de um retroprojetor, só a ultrapassa, não a atinge.
-Olha pra mim seu Fernando, minha aparência, já explica.-ela suspira.-o tempo continua passando e mesmo que eu finja que está tudo bem, na verdade, ainda não consigo entender porque se interessou por mim.-ela fala.
Ah agora eu quero ver seu idiota, você responder, anda, cria coragem, diz que foi por um interesse, diz que você entregou sua empresa a ela porque supostamente confiava nela mas, que de repente, de um dia para noite, ela não lhe inspirava mais confiança e para que você tivesse a garantia que ela não iria lhe trair, você começou esse romance, vai machão, diga, vou até me sentar em sua frente, para ouvir, esse Don Juan, falar, vamos, vamos, estou esperando ansiosamente, essa mentira que você vai dizer, espero que me convença, sento e cruzo meus braços e minhas pernas, observando atentamente, meu outro eu.
-Lety...-faço uma cara de piedade, que nem em mim mesmo, desperta pena, vamos ver a bela mentira que eu vou dizer, nessa versão falsificada de um homem.-você é encantadora, por isso.-admito a Lety é encantadora mas, isso não é motivo suficiente, e tem mais, nem um surdo você convence com esse papo, idiota.
-Talvez, seja encantadora por dentro mas, feia, muito feia por fora.-Lety fala enfim. Lety você não é feia, esse homem a sua frente que é feio ou como diria minha vó, por fora bela viola, por dentro pão bolorento, é isso que eu sou, isso mesmo, sou um pão, estragado, cheio de fungo.
-Eu já disse que eu não gosto que você...-falo mas, Lety me interrompe, bem feito para mim.
-Mas, agora eu acho que não tenho mais nada de encantadora.-ela diz mais suplicante ainda.
Eu olho para ela, pasmo, é claro, eu que tirei seu encanto, com minhas mentiras e meu jogo sujo para conseguir manter essa maldita presidência, atingir minhas malditas metas, eu tirei sua luz e te joguei na minha escuridão, eu que fiz você se tornar, essa mulher tão triste e infeliz, que você é hoje.
-...seu Fernando, me sinto culpada, sabe o que acontece as vezes, não consigo olhar meu pais nos olhos, não consigo enfrentá-los seu Fernando, eles olham para mim e eu viro a cara.-baixo minha cabeça com vergonha.-não me sinto digna deles, que são tão íntegros, tão honestos...-Lety conclui.
-O único culpado, sou eu Lety.-enfim, eu não acredito, enfim seu desonesto, mentiroso, você falou a verdade, enfim, você percebeu e caiu sua ficha do mal que você faz a essa mulher, você é um sujo, um pérfido, não tenho mais adjetivos que me permitam te caracterizar, tenho vergonha desse meu passado, tenho vergonha de tudo que causei a mulher que eu sempre amei, sim, eu sempre a amei, sei disso, eu sei que sempre a amei.-o indigno sou eu, que meti você nisso, pedi, implorei, até você aceitar ficar comigo.
-É mas nos apaixonamos e a única que vai sair perdendo, infelizmente é a dona Márcia.-Lety suspira.-não posso imaginar, o que ela vai sentir quando o senhor terminar o noivado com ela...-ai Lety infelizmente, eu tenho que dizer a verdade, já que esse inútil só sabe mentir e fingir, Lety a Márcia não vai perder, é você, é você, porque esse homem que aqui está, não te, coragem, sim, eu não tinha coragem de assumir publicamente esse amor, minha família, minha empresa, meu compromisso menos meu amor por você, tudo pesava para mim menos, o que eu sentia por você e eu te amo mas, veja, eu não assumo, não assumo e sabe porque, porque sou um covarde, não te mereço, que vergonha tenho de você Fernando, que vergonha.-mas, nosso amor, é muito maior do que qualquer compromisso...não é?!-ai Lety se você soubesse, que nesse exato momento eu estava pensando que eu não poderia acabar com esse compromisso, ou Ariel acabaria com a empresa e posteriormente comigo, não Lety o seu amor, seu amor puro, sim é maior que qualquer compromisso, já esse meu falso amor, não é maior, é fraco, é sensível, delicado de mais e eu não, consigo assumir, porque sou como ele, fraco, covarde, sensível e delicado, eu fui um canalha e só confirmo isso, a cada dia eu tenho a certeza, a grande certeza, de minha covardia, de minha falta de escrúpulos.
-É Lety...é muito maior...-falo enfim, só esqueci dizer que só não é maior que minha covardia, que meus tantos e tantos compromissos.
Lety sorrir, mal sabia ela, que esse covarde, aqui, não faria coisa nenhuma, ai Lety, eu realmente desejaria muito ter te conhecido mas, não como te conheci, apesar de que refletindo bem, essa foi a única maneira que o destino achou para nos juntar, sim, porque com meu jeito garanhão, é sedutor, Don Juan, galinha, safado, grande merda que eu fui, com esse meu jeito nojento de ser, eu nunca iria começar a me relacionar com você, jamais eu teria te notado, sim, eu não a teria notado, como aquela música que ela cantou para mim, sei que nunca me verás como a causa de um erro, ou de uma loucura, e sabe porque, porque com todas aquelas beldades que me rodeavam e com a aparência que ela tinha, eu a ignoraria, não a veria, eu não imaginaria que debaixo daquilo que eu achava feio, estava escondida a mulher que preencheria minha vida e os vazios que a mesma deixou em mim, não, eu não faria isso e eu tenho consciência disso, porque eu sei o tipo de homem que fui, eu tenho consciência do malandro irresponsável, que eu era, que se deitava com muitas, que tinha muitas, traía a Márcia, sem nem me preocupar, e trairia a mulher que fosse, se uma bela mulher me desse bola e ainda que não me desse bola, eu falava quem eu era para conquistá-la e falava o que eu nunca fui para seduzi-la e quando começava a me incomodar, eu acabava com sua carreira, a desempregava e fazia tudo de ruim, para não deixar pistas de minha infidelidade, é como disse o Luidi, eu era um cão de caça inglês, que enterrava minhas presas para que ninguém as encontrasse, fui um mal homem e tenho consciência disso.
#Continua_amanhã

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 101 (TERCEIRO Capítulo de EDIÇÃO ESPECIAL)

-E você me assustou ein, não faz mais isso não, tá bem?!-falo acariciando sua coxa.
-Ahh obrigada.-fala Lety feliz.-estamos tomando café da manhã juntos.
-É...a gente nunca fez isso, não?!-estou surpreso.
-Não!-fala Lety sorrindo.
-Bom apetite.-falo sorrindo sinceramente.
-Igualmente!-ela sorrir cintilante.-Ah eu também pedi goiaba.-fala Lety sorrindo.
Eu sorrio e faço um sinal de dois com a mão, para dizer que nós dois combinamos, é a verdade, eu não existo sem você Lety e com modéstia digo, que você não existe sem mim, te amo.
Depois de tomarmos café, continuamos a conversar...
-Nós combinamos de esquecer a Márcia e tudo que diz respeito a ela, agora só vamos aproveitar esse céu, porque você mesma disse que estamos no céu.-falo de mãos dadas com ela.
-É seu Fernando, isso é...o paraíso.-Lety fala feliz.
-É...nós somos Adão e Eva, só faltam umas folhinhas e a gente andar pelado por aí.-falo sorridente.
-Ai...seu Fernando.-Lety me dá um tapinha no braço.
-Perdão!-me retrato.
-Não, não, Adão e Eva não, porque eles foram expulsos do paraíso...-completa Lety.
-É...-falo sem jeito.
-Não lembra?!-Lety continua.
-É...porque comeram a maçã proibida.-completo.-Ah olha Lety ali na frente tem uma loja com roupas muito bonitas e podemos resolver o problema de estar com a roupa adequada para andar pelo hotel.-falo por fim.-Olha lá.-aponto para o pequeno comércio.-que você acha dessas roupas?-pergunto a ela.
-É...sã-são muito bonitas mas não tem nada a ver comigo seu Fernando e devem ser caríssimas, dá pra notar que são roupas muito finas.-fala Lety sem jeito.
-Não se preocupe Lety, eu te dou de presente.-Olho no fundo dos olhos dela, enquanto a abraço.
-Ah não, não, não Seu Fernando, não por favor, eu vou ficar muito sem graça.-fala Lety envergonhada.
-Ah ué porque, eu não posso te dar um presente não?!-olho em seus olhos novamente.
Ela retorna seu olhar.
-Bom...sim...mas, não.-ela responde sem jeito.
-Ein?!-falo assustado
-Sabe seu Fernando, eu estou muito preocupada, eu preciso ligar pros meu pais.-Lety estava nervosa.
-Ai Lety...Lety, respire fundo e repita comigo: Nesse fim de semana tão incrível...-eu gesticulo para que ela repita.
-Nesse fim de semana tão incrível...-ela fala nervosa.
-Tão maravilhoso...-falo.
-Tão maravilhoso...-Lety repete mais calma.
-Prometo esquecer de tudo.-falo em seu ouvido.
Ela fecha os olhos.
-Prometo esquecer de tudo.-Lety estava sorridente.
-Isso..aí....-eu agradeço sorrindo e encontando meu nariz em seu ouvido e apertando com força sobre meu peito.
-Ai não, não, não posso, seu Fernando, não posso!-fala Lety ficando nervosa novamente.
-Lety, se você ligar pra casa, seu pai, vai brigar com você...-falo com o propósito de convencê-la.
-É...é mesmo, ontem ele estava meio alto mas, hoje eu teria que inventar uma bela mentira.-Lety parecia ter se convencido.
-Bom, e de ressaca, você acha que ele vai lembrar que falou de liberdade e confiança, claro que não.-falo enfim conseguindo convencê-la, pelo menos eu acho.
-(suspira)...talvez tenha razão seu Fernando.-Lety parecia ter sido vencida pelo meu argumento.
-Eu garanto que não vai ter graça nenhuma quando ele disser para você voltar para casa imediatamente.-falo para convencê-la definitivamente.
-É...é verdade, então...prometo esquecer de tudo.-Lety fecha seus olhos, eu me aproximo e beijo a bochecha dela, era o mínimo que eu deveria fazer, que monstro eu sou, que espécie de monstro eu fui, fiz a pobre da Lety mentir por mim, fugir comigo, enganar a todos por mim, a tornei uma filha desobediente e rebelde, sim rebelde pois, ela enganava os pais para ficar comigo, e eu sei e vendo isso, tenho a certeza ainda mais que ela sofria por tudo aquilo, na verdade, eu percebi durante esse fim de semana que passei com ela, o quanto eu a torturei com todos os meus apelos e com esse relacionamento forçado para os dois, ela precisou se sacrificar, para que eu mudasse de vida, que infeliz eu sou.
Ela vira o rosto um pouco e eu beijo sua testa e encosto minha testa na dela. Quando entramos na lojinha, ela começa a ver as roupas, percebo que ela parecia deslocada e novamente, ao invés de eu ajudá-la torno tudo mais complicado para ela.
-Ah Lety, aqui tem piscina, você vai precisar de um biquini ou de um maiô.-falo para ela.
-Olha o único que eu encontrei no seu tamanho, foi esse.-fala a mulher que trabalhava no local, nos mostrando um biquini muito pequeno.
Eu olho assustado e Lety também, trocamos olhares assustado.
-Nã...-foi a única coisa que consegui dizer, não sabia dizer se eu tinha medo da reação dela, ou da minha própria reação ao vê-la de biquini, não sei expressar mas, agora que me dou conta, nunca a vi de biquini ou de roupa íntima, isso é bem estranho mas, pensando bem, acho que no fundo, eu queria vê-la de biquini, porque ela é belíssima e acho que de biquini, demonstraria ainda mais sua beleza, que é natural e superior a muitas que conheci, não falo a penas de mulheres mas, da beleza em si, da essência dela, que muitas mulheres com quem eu safadamente me deitei, não tinham e nem sei se algum dia terão.
-Não gostou?! É tão bonito!-fala a vendedora tentando convencê-la.-olha que cores lindas.
-É...é deixa eu ver aqui.-peço para ela me entregar, ao pegá-lo, bem admito, fantasiei Lety dentro dela, de uma maneira linda, com um corpo escultural, mas falo de escultural aceitável, não daqueles escuturais como os das modelos que eu mantinha relações, cheguei a imaginá-la naquele biquini, meu instinto masculino falava mais alto, ele desejava, vê-la naquele biquini, sim ele desejava, ele desejava fazer amor com ela numa piscina e eu também desejava, eu deseja muito que ela estivesse naquele biquini.-olha...-eu a imaginava com olhos famintos, dentro daquele biquini.
-Seu Fernando...-Lety estava nervosa.
-Experimenta...-eu propôs, meu ego implorava para que ela vestisse aquele traje.-experimenta esse...-eu o entreguei a ela, louco e com a expectativa que ela aceitasse.
-On...onde eu experimento.-Lety fala por fim.
Nossa meu eu, meu desejo saltou pela boca, fiquei feliz, ardentemente feliz, quando ela mostrou a bandeira branca e a vontade de experimentar aquele biquini.
-Tem um banheiro ali.-fala a vendedora apontando.
-Ah...ah...-fala Lety sem jeito indo meio perdida em direção ao banheiro.
-Vai lá...me dá aqui...-falo pegando as roupas que ela havia escolhido, eu estava tão feliz, como as plantas quando sentiam as gotas de chuva em suas folhas após um longo período de seca.-o seu telefone tá tocando...vê por favor quanto é e pode atender.
-Tá!-a vendedora recebe as roupas de minha mão.
-Ah vem cá...antes de atender...não tem um mais discretinho não?!-falo após perceber que Lety não estava muito bem.
-Hum...é o menos chamativo para o tamanho dela.-a vendedora fala.
-Obrigado! Parou de tocar...pode ver quanto é para mim, por favor?! Obrigado!-falo por fim.
Como estou longe do meu eu, que estava no sonho, vou até onde Lety está, quem sabe, se enfim não consigo vê-la de roupa íntima ou biquini, tenho curiosidade após perceber, que eu nunca havia tentado isso.
-Como será que eu ficaria com isso? E com isso aqui?-Lety tinha colocado o biquini mas, não como eu esperava, ela havia posto por cima do vestido e parecia muito insegura, triste, chateada, parecia sofrer vendo aquele traje e se sentindo obrigada a colocá-lo.-não, com isso não, de jeito nenhum!-fala Lety jogando o top do biquini no chão.-e com esse?-sua expressão estava ainda mais triste, ela parecia frustrada, cara o que eu fiz com ela, o que eu estou fazendo, Fernando, você é um hipócrita, tolo, egoísta, minha vontade era de aparecer para ela e dizer que não precisava, que não, eu não a queria tão triste.-Não, não, nem pensar.-falava Lety com a calcinha do biquini na frente de seu vestido e com uma expressão ainda mais triste.-todo mundo aqui tem corpo bonito, menos eu.-ela estava mais triste, muito mais triste, que infeliz eu sou, não fique assim Lety, por favor, eu imploro...-não vai me cair bem...iam rir de mim.-ela estava com uma voz de choro e droga, onde eu estou que não vou até ela, raiva, eu queria poder interferir, eu queria poder sair dessa imaginação e ir até o interior desse sonho e dizer a ela, que não precisava. -e o pior, do seu Fernando por estar comigo...-que raiva ela está pensando em meu bem estar, enquanto eu, não penso no dela, porque, porque, eu sou egoísta, sou uma pessoa horrível, ridícula, a pior pessoa do mundo.-em cima da roupa de banho eu teria que usar meu vestido e meu suéter.-Lety não faça isso, Lety eu te entendo, não sofra, eu imploro, não sofra por minhas más decisões, eu lhe imploro.-pra que usar então?!-ela tira o top do biquini e com a voz mais chorosa...que droga, sou um lixo...-não, não vou usar.-tudo bem Lety, eu te entendo, eu te compreendo, minhas lágrimas e os meus olhos me traem, estou chorando antes que ela comece a chorar, fiz muito mal a você Lety, muito mesmo e onde estou poxa, cadê você seu egoísta, imbecil, onde está, só você pode acudi-la, eu posso ver mas, não posso ajudar, que raiva, quero ir até ela, quero consolá-la, quero a impedir de chorar, é o que quero.-
-Obrigado, até logo.-enfim eu apareço, que raiva, só apareço na hora errada, Fernando você é um burro...
Bato na porta do banheiro.
-Lety...como ficou?-seu infame, seu desgraçado, não percebe que ela não quer. Que vontade de sair daqui e te dá um soco, um murro de mandar acordar dessa idiotice, dessa farsa, ela não é quem você pensa, seu abestado, estou chorando de raiva de mim e de tristeza pela Lety que sofre por minhas más decisões, sou infame, infame.
-Seu Fernando, espera só um pouquinho.-ela fala assustada, eu a assustei, eu sempre faço isso, eu sempre faço isso, eu a assusto, eu a deixo sempre em um beco sem saída, eu a podo, não deixo que ela apareça, que raiva de mim.-Será que ele quer que eu vista isso?-ela enfim parece que vai sorrir mas, não Lety, eu não quero, eu não quero meu amor, não quero.-não...ele sabe muito bem com quem estar...-ela vai chorar, que raiva, eu só soube estragar sua vida, essa frase não caiu em minha cabeça como uma carapuça, não, eu não sabia com quem estava, Fernando Mendiola, você é um desgraçado, um gigolô, um imbecil, canalha, não chore Lety, não mereço tão puras lágrimas, tento com minha imaginação acariciar seu rosto mas, é impossível, minha mão passa pelo rosto dela, eu não consigo tocá-la ainda que eu me esforce, eu não consigo, eu quero abraça-la mas, seu corpo passa por dentro do meu, sou com uma alma perto dela, que raiva, que ódio de mim mesmo.-e eu também sei muito bem quem eu sou, Lety a feia, Lety a feia, Lety a feia, Lety a feia, Lety a feiaaaa.-não, não, não você não é feia Lety, tento abraçá-la, tocar seus lábios mas, é impossível, meu eu do lado de fora escuta tão assustado quanto eu mas, ao contrário dele eu estava desesperado, Lety eu quero tocá-la eu gostaria muito de estar perto de você, eu queria gritar que você é linda, que ódio Fernando, se mexa homem, faça alguma coisa, por favor, eu não posso ouvi-la falando isso, não posso, me abaixo tapando ,meu ouvido e chorando muito, estou desesperado, vou enlouquecer, eu que causei tudo isso eu que merecia tanta tortura.
-Lety...tá tudo bem?-que ódio é isso que você pode fazer seu abestado, é isso mesmo que você vai fazer para ajudá-la? Você pode estragar a vida dessa mulher e em troca tudo que pode fazer é perguntar se está tudo bem?
-Sim...seu Fernando.-ela fala assustada. Parabéns seu canalha, você conseguiu piorar tudo.-a feia...-ela chora.
Depois de tanto sofrimento, novamente vejo as cenas passarem em minha frente e dessa vez, estamos correndo por entre plantas e a grama ao nosso redor, tão feliz, correndo, correndo, livres, enfim livres.
-Não aguento mais correr, para.-fala Lety ofegante.-olha seu Fernando...-fala Lety caminhando em direção a um lugar que ficava no meio da floresta.-parece um teatro.
-É...e ao ar livre.-completo.
-É...-fala Lety subindo no palco a nossa frente.-acho que eu não subo em um palco desde o primário.
-Não vai me dizer que você fez teatro na escola?-pergunto surpreso.
-Bom...fiz seu Fernando.-fala Lety meio desanimada.
-E que peças fez?-pergunto para que ela se entusiasmasse.
-Eu tenho vergonha seu Fernando...-ela fala por fim, justificando o desânimo ao falar sobre o assunto.
-Não, deixa eu adivinhar...você fez...-falo pensando e Lety ainda sem jeito.-a gata borralheira...-falo entusiasmado.
-Não!-ela fala um pouquinho mais contente.
-Am...am, am, taran, am...a branca de neve.-falo animado.
-Não, também não.-fala Lety ainda um pouco desanimada.
-Não?-pergunto surpreso tentando lembrar de outra.
-Quer mesmo saber seu Fernando?-pergunta Lety enfim.
-Mas é claro, Lety, fala!-falo ansiosamente.
-Quando eu era menina, teve um teste na escola pro papel da Alice no país das maravilhas.-Lety continuava desanimada, eu ouvia atentamente.-minha mãe me escreveu, depois de muito esforço e muita dedicação a professora concordou que eu fizesse Alice no país das maravilhas.-fala Lety tão entusiasmada que girava em torno de si.-a minha mãe fez o vestido e no bolso do avental colocou as cartas, ficou muito bonito, um dia antes da estreia, passei em frente a sala do diretor e escutei ele dizendo assim...-sua expressão mudou, de muito feliz, entusiasmada, para triste e desanimada.-...Letícia Padilla Solís, não pode ser Alice no país das maravilhas, porque ela não é maravilhosa.-falou Lety triste, senti sua tristeza, nós dois, tanto eu que estava com ela no sonho, quanto minha versão alma, que apenas assistia a tudo de longe, sentimos um punhal nos atravessar a alma, cara como ela sofreu, ainda agora ouvindo isso de novo, sinto sua tristeza, sua dor, é como se fosse a minha, sim, a minha dor.-na verdade é uma menina muito feia...-baixei a cabeça e fiquei pensando, pensei em como Lety havia conseguido chegar até onde chegou, todos a humilhavam pela sua aparência, a julgavam, a subestimavam, lembro bem do motivo de ela ir trabalhar na conceitos, não conseguia trabalho por ser feia, as pessoas a julgavam, as pessoas não a conheciam, eu também admito que a julguei mal, que a tratei mal, eu estava a imaginar, como ela conseguiu, como conseguiu vencer a todos e se superar, eu sou um fraco diante dela, não fui nada, não sofri nada do que ela sofreu, não que minha vida tenha sido fácil mas, nunca fui tratado como ela, eu gostaria de poder apagar todo esse passado da vida dela, eu chorava ao sentir a dor que ela sentia, fiquei até sem ação, ficamos, meus dois "eus" ficaram sem ação.-se ela atuar o público não vai gostar, aquela menina só vai conseguir enfeiar a peça; doeu muito seu Fernando.-falou Lety por fim, as palavras me fugiram os pensamentos me tomavam, eu estava mudo, eu não sabia nem o que dizer para consolá-la, eu não sei o que poderia ter dito e o que eu disse em seguida, acho que não a consolou.
-Eu sinto muito Lety, e esse diretor aí, é um imbecil, isso que ele disse foi injusto, porque você é maravilhosa.-falo em tom de agressividade ao invés de consolação, imbecil maior sou eu, que nem sequer tenho uma palavra que sirva de consolo para ela, queria poder falar, eu diria a ela, que eles não a conheceram, eles a julgavam mas, nunca viram a sua verdadeira face e quão maravilhosa e gentil ela era, eles não sabiam, que ela é uma mulher que precisava ser descoberta, é um pessoa rara e só quem poderia ver isso, era uma pessoa, que a conhecesse a fundo, infelizmente fui eu, a pessoa que nunca a mereceu, nunca, eu não a mereço, tenho mais certeza, a cada hora que se passa.
-As suas palavras me consolam seu Fernando.-fala Lety me consolando por não ter algo melhor a dizer, Lety não ligue, pode falar a verdade, eu soei mais brutamonte do que consolador, tenho plena consciência disso.-Bom...e já que estamos aqui e está sentado, gostaria de mostrar uma canção que eu vi e gostei muito...-fala Lety feliz.
-Não, Lety...você vai cantar igual no Megatron...-falo, nossa quão idiota eu posso ser, ô abestado, infame, canalha, nem que ela cantasse super desafinado o mínimo que você pode fazer seu desgraçado, é ouvir, ela te suporta, você não pode ouvir nem uma canção que ela canta para você, que ridículo eu sou, se eu pudesse, te encheria de porrada, seu abestado.
-Nã, não, não, vai gostar.-ela fala por fim.
-Vai!-eu digo.
-"Eu sei que agora estou vivendo
um conto de fadas que eu invento
E ainda assim, eu cuidarei
desse amor, desse sentimento
e ainda assim, eu ficarei sempre ao seu lado
mesmo em silêncio, e ainda assim..."-nossa como é linda minha Lety, até esse ingrato aqui, percebeu, meus olhos brilhavam, sim, eu a amo, sim, eu amo, isso é amor, não há como negar, eu a amo.-pronto consegui!-ela fala no final, fiquei louco para beijá-la, beijar aqueles lábios que haviam cantado tão belamente para mim.
-Olha Lety...muito bem, bravo, venham todos, venham, venham, bravo, eu não sabia que você cantava, tão bem, Letícia.-falo pasmo e batendo palmas.
-Não, quando não tou com medo e não tem muita gente olhando, eu canto um pouquinho melhor.-fala Lety envergonhada.
-Muito bom!-falo em seguida.
-Agora o senhor!-ela ordena, bem nem tanto mas, soa meio assim.
-QUê?!-eu falo surpreso.- nã, não, eu não sei fazer nada não, eu não sei dançar, não sei cantar, nem atuar...
-Sabe sim, no Megatron o senhor cantou e muito bem.
-Ah lá no Megatron, as pessoas me animam, lá é diferente...-ótimo seu retardado, o que você quis dizer, que ela não te anima, muito bom, bravo para você, venham, venham ver o homem mais idiota, canalha e mentiroso do mundo, que decepção, que decepção.
-Tudo bem então, eu fico sentada e posso ser seu público e assim animo o senhor.-fala Lety saindo.
-Não, não sei.-falo em seguida-não, tá bem, tá bem.-aprendeu Fernando Mendiola, como se consola alguém, você é um abestado.-Ok, tá bem.
Depois disso, eu faço um papel ridículo e retardado como o cavalo do soldadinho de chumbo, aff, e ela disse que me amava e ainda me beijou, me beijou com amor, mesmo eu tendo feito um papel ridiculo, que combina bem com meu jeito ridiculo e egoísta de ser. Ai Lety, te amo, você é minha vida, o que seria de mim, sem você.
‪#‎Continua_amanhã‬

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 100 (SEGUNDO Capítulo de EDIÇÃO ESPECIAL)

-Por que estou tão enjoada seu Fernando?-pergunta Lety ainda passando mal.
O carro não pega fico assustado mas, ainda sim, eu ignorei a pergunta dela, ignorei o que ela sentia, nem sequer respondi, eu estava mais preocupado com os assuntos da empresa, admito, fui um infeliz com ela.
Passaram-se 2 dias, dessa vez o cenário era diferente, estávamos em um lindo lugar, cheio de plantas, cheio de paz, e Caminhávamos no meio de todo aquele lindo cenário, só que não estávamos caminhando como um casal comum, não mesmo, ela caminhava na frente e eu atrás, quando chegamos perto de onde as pessoas estavam, comecei a correr meus olhos desesperado, sim, em um grande desespero, eu estava a procura de algum conhecido, que infame, que infeliz, maldito medo, maldito compromisso, eu deveria estar mais preocupado com ela, com a mulher da minha vida mas, pelo contrário, eu estava mais preocupado com o que os outros diria, ou será, que os meus pais descobrissem, que eu estava namorando e amando uma mulher "feia", que todos achavam feia, eu não, eu já amava mas, eu não tinha coragem de assumir, demorou para que eu assumisse para mim, sofri muito ao assumir para mim, que idiota, eu sou, e ter de assumir para os meus pais, para mim era quase impossível puts...
Lety logo percebeu meu desespero em procurar os conhecidos.
-Tá vendo alguém conhecido, Seu Fernando?-Lety encolheu os ombros.
-Não, Lety, ninguém.-eu estava desconcertado.
-Que bom!-Lety sorrir para mim.
Como ela conseguia, continuar sendo tão doce comigo, enquanto eu estava sendo um infeliz com ela, como pude meu Deus, como pude?
-Bom dia.-fala o garçom.-uma mesa pra dois?
-É, pra dois.-fala Lety sorridente.
-É!-falo um tanto sem jeito.
Todos olham para mim e para Lety e eu sei que naquele momento eu demonstrei estar com vergonha dela, cara, eu sou um canalha.
-É-pigarreio-Será que...você teria uma mesa um pouco mais reservada, por favor?!-pergunto sem jeito e Lety encolhe os ombros, sei o que ela está sentindo, ela está se sentindo rejeitada, está com vergonha de estar comigo e eu não a ajudo em nada com essa atitude.
-Venha por aqui, por favor!-fala o garçom, guiando a gente para a mesa.
-Obrigado, vamos!-falo enfim pegando em Lety.
Cada vez que vejo isso tenho mais raiva de mim, depois de vários minutos, enfim decido triscar nela, eu a amo, eu já a amava, apesar de que agora eu sei, eu não a merecia, eu não a tratava, como ela merece, ai o quão ruim eu fui, meu Deus, me arrependo amargamente disso, por isso entreguei minha vida e minha liberdade a ela, era o mínimo, que eu poderia fazer, depois de todo mal, que fiz a ela.
E agora depois de todos nos olharem com desaprovação para nós, eu novamente a solto, por estar com vergonha. Que canalha Fernando, que canalha.
O garçom nos leva até a mesa e ele mesmo puxa a cadeira para ela, pois nem a isso eu me dignei a fazer.
-Obrigada.-Lety puxa a cadeira para perto da mesa.
Eu sento ao seu lado e arregaço as mangas.
-Eu já vou trazer o cardápio, um momento.-fala o garçom saindo.
-Sim, obrigado.-falo sorrindo e olhando para baixo.
-Obrigada.-fala Lety sorrindo.
Estendendo o guardanapo na mesa para disfarçar, meu jeito envergonhado.
-Seu Fernando.-Lety me tira do meu álibe.-Tá com vergonha?
Olho para ela com uma expressão ilegível e novamente para disfarçar arregaço as mangas da camisa.
-De que?-pergunto assustado.
-De vir a um lugar assim... comigo?!-fala Lety sem jeito.
-Não mas, é claro que não, que bobagem!-falo novamente mentindo, quando na verdade o que eu mais queria e eu sei e admito, era que a terra me engolisse, que infame, eu sou.
-Seu Fernando não negue o senhor tem toda a razão de sentir constrangido.-falou Lety com uma expressão séria.
-Não Lety, por favor para.-falo tentando diminuir minha vergonha e tentando consolá-la, pelo menos isso de bom admito, eu odiava, vê-la se sentindo mal por causa da minha vergonha, como sou canalha, ela é a melhor mulher com quem eu estive e eu tinha vergonha dela.
-(Lety suspira) É...É que aqui só tem gente elegante com outro tipo de roupa...diferente, o senhor entende?!
-É que aqui nessa cidade Lety, faz muito calor e além do mais não é um hotel formal, as pessoas se vestem assim, um pouquinho mais despojado.-falou querendo parecer convincente, quanto nem eu mesmo me convenceria.
-Tá, tá...quer saber seu Fernando, a felicidade dura muito pouco...tou me sentindo tão deslocada.-fala Lety tristemente.
-Não diga isso por favor.-falo novamente tentando convencer, eu também estava me sentindo assim mas, não por causa da roupa mas, pelo modo como nos olhavam, parecíamos, uma atração exótica num zoológico, admito, eu não entendi porque as pessoas nos olhavam assim mas, me sentia mal, só não sei dizer se era por ter que me casar com Márcia e querer ficar com Lety mais que tudo no mundo ou enganar a Lety com promessas que eu não poderia cumprir.
-O senhor conhece a minha família...nós não estamos acostumados a...a tanta beleza.-fala Lety sem jeito parecendo se distrair com as mãos.
Olho surpreso com tal conclusão.
-E não trouxemos nenhuma roupa para trocar.-fala Lety nervosa.
-Assim isso é um problema mas, não se preocupe, assim que acabarmos de tomar café vamos resolver isso.-falo sinceramente pela primeira vez em minutos.
Lety sorrir mas, após alguns instantes sua expressão muda e ela sussurra:
-Seu Ariel Vilarroel?!-Lety fala assustada.
-Ein?! Quê?!-falo assustado e confuso, analisando e procurando Ariel por entre as pessoas que estavam lá, depois sorrio irônico.-ai...ai...Lety que piada de mal gosto.-falo sério para ela.
-E-e-ele passou para lá seu Fernando.-fala Lety nervosa com meu olhar. -não tenho certeza mas, acho que era o seu Ariel Vilarroel.
-O Ariel, tem certeza, aquele mala sem alça?-pergunto assustado. E o que eu não estava querendo que acontecesse se realiza, o carinha do colinho aparecer e me demascarar para todos, na verdade, olhando agora, eu merecia isso, sim eu merecia.
-Aham.-fala Lety assustada.
-Ele viu a gente?-pergunto assustado.
-N-não, não, só vi ele passando.-Lety continuava assustada.-ah talvez eu tenha me confundido.
Olho em volta, ainda procurando o Ariel, para saber onde ele estava, se estava me vendo, se havia me reconhecido, por fora, eu estava tão tranquilo as, por dentro eu estava desesperado, encontrar o Ariel, droga de mundo pequeno, e se ele me descobrisse, eu bem que merecia, por está enganando a mulher que me ensinou a amar e me tornou um homem de verdade.
-Talvez eu tenha me confundido, de repente não era ele, deve ser minha consciência pesada, porque eu acho que não mereço está contente.-fala Lety angustiada e corta meu coração.
-Como não merece está contente? Não se menospreze.-pergunto assustado.
Lety, eu que não mereço, eu que sou o desgraçado, que arruinou sua vida, eu que te coloquei nessa furada, eu que te levei para se jogar no abismo, a culpa foi minha, eu que mereço ser o mais infeliz dos homens, aliás eu já sou e te levei para minha escuridão, te levei para minha escuridão, só que você foi a luz aqui dentro, você me iluminou mas, ainda assim, a única coisa que você não merecia, era que eu tivesse feito, o que eu fiz, que eu tivesse estragado sua vida, estragado sua tranquilidade, eu que não sou merecedor de você mas, você, é necessária em minha vida.
-É...é porque...-fala Lety confusa.
-E você me assustou ein, não faz mais isso não, tá bem?!-falo acariciando sua coxa.
-Ahh obrigada.-fala Lety feliz.-estamos tomando café da manhã juntos.
-É...a gente nunca fez isso, não?!-estou surpreso.
-Não!-fala Lety sorrindo.
-Bom apetite.-falo sorrindo sinceramente.
-Igualmente!-ela sorrir cintilante.
-Ah eu também pedi goiaba.-fala Lety sorrindo.
Eu sorrio e faço um sinal de dois com a mão, para dizer que nós dois combinamos, é a verdade, eu não existo sem você Lety e com modéstia digo, que você não existe sem mim, te amo.
#Continua_amanhã

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 99 (PRIMEIRO Capítulo de EDIÇÃO ESPECIAL)

Lety e Fernando continuavam seu mágico movimento, seu suave e lindo toque de amor, aquele amor, que era a razão de tudo, da vida e do respirar dos dois, eles não se pertenciam apenas, eles se completavam, a cada toque, a cada carícia, eles se uniam, se completavam, assumia o grande infinito amor, por que o que os dois sentiam era verdadeiro e acima disso era o mais importante e necessário. Quando terminaram, Fernando deitou ao lado de Lety e ela virou para ele sorrindo.
-Meu seu Fernando.-falou Lety sorrindo.
-Seu Fernando? Nós já passamos dessa fase, Letícia.-falou Fernando com expressão séria mas, sorridente.
-Eu sei meu Fernando, é que eu estava aqui relembrando os tempos em que eu apenas sonhava com você, com seu amor.-Lety estava distante.-lembrei de quando eu me sentava na cama e sonhava, com seus beijos, com seu toque, com seu carinho, com seus abraços e com tudo que vinha de você.
Fernando colocou a mão queixo e apoiou o cotovelo na cama e ficou observando Lety falar de seus sonhos com ele.
-Sabe, cheguei até a sonhar  que eu tinha um lindo filhinho com você.-falou Lety sorridente.
-E como ele era?-perguntou Fernando curiosamente.
-(risos) Ele era você em miniatura, ele tinha muito gel no cabelo e usava aquele seu antigo penteado.-falou Lety sorrindo.
-Ah que engraçadinha, minha esposinha.-falou Fernando.
-É sério, juro, olha...ele tinha seu cabelo e também usava terno, camisa social, gravata e calça social, como você.-Lety estava dando ataque de risos.
-Ah, então ele deveria ser um garoto muito lindo para usar esse tipo de roupa e parecer comigo, deveria ser muito lindo.-Fernando também morreu de rir.
-Nossa como você é modesto.-falou Lety sorrindo.
-A gente tem que ser né?!-Fernando riu mais ainda.
-Hum, hum, nossa como é bobo, esse meu marido.-falou Lety apertando as bochechas de Fernando.
-Ain Lety.-Fernando sem jeito.
-Tá, vamos dormir, que amanhã você tem que trabalhar.-falou Lety fazendo bico.
-Calma, vira as costas.-falou Fernando sério.
Lety arregalou os olhos, e fez o bico. Fernando também arregalou seus olhos e fez um bico.
-Ca-calma Lety, isso não, eu quero que você vire as costas para que eu possa te abraçar e dormir agarradinho com você.-falou Fernando sorrindo.
-Bobo!-falou Lety virando as costas.
-Sou sim, sou bobo com todo prazer do mundo e mais bobo sou por causa de você.-falou Fernando abraçando Lety pela cintura e a apertando contra seu peito.
-E eu o amo, desse jeitinho, bobo que você é e que eu amo.-falou Lety apertando a mão de Fernando com mais força contra seu peito.
-Que bom que gosta, porque serei seu bobo pelo resto de nossas vidas.-falou Fernando beijando o ombro de Lety.
-Que bom, isso me consola muito mas, agora boa noite, bobinho.-falou Lety.
-Boa noite!-falou Fernando carinhosamente.
Depois os dois dormiram calmamente.
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Uma quadra de basquete, um carro vinho, uma BMW mas, precisamente, uma mulher, de aparência não tão agradável, sai desse carro, ela está vestindo um moletom cor creme e um vestido verde, com um babado e um laço na gola, do outro lado, um homem alto, bonito, com um cabelo impecavelmente penteado, vestindo um terno e uma calça preta, com uma camisa social lilás e uma gravata roxa com listras lilás. Ao redor do carro tem no mínimo 5 homens e 1 mulher. A mulher de aparência não muito agradável, sai do carro e aponta mostra uma arma.
-Para trás, para trás!-ela grita apontando a arma e os homens correm para trás, inclusive o homem alto que estava ao seu lado.
-Sujô, sujô!-gritam os homem que estavam sendo ameaçados pela mulher com a arma.
-O senhor não seu Fernando!-grita a mulher.
-Vocês ouviram, eu não, eu não, me solta.-fala o homem voltando correndo para onde estava a mulher e se escondendo atrás dela.
-Vamos la!-diz a mulher fazendo um bico.
E o homem atrás dela enche o peito e diz:
-Agora é que eu quero ver, se tem homem aí.-ele diz em um tom zombador.
-Todos pro chão!-a mulher ordena.
-Isso...pro chão!-fala Fernando.
Os homens começam a se abaixar.
-Ahhhhhhhhhhhhh!-grita a mulher atirando e assustando a todos.
-Ai Lety mas assim você mata todo mundo.-diz Fernando ao seu lado e toma a arma de sua mão.
Os homens deitados no chão, resolvem começar a se levantar.
-Ih, vamo embora, vamo embora.-grita eles saindo correndo.
-Não, ai...-diz Lety nervosa.
-O senhor viu seu Fernando, eu atirei e eles saíram correndo...-fala a mulher piscando várias vezes o olho, enquanto o homem ao seu lado começa a rir freneticamente.
E dá uma pequena mordida em seu braço e rir novamente.
-Eu não conhecia seu espírito criminoso...Lety doida...-Fernando joga a arma no chão e esfrega as mãos, enquanto a mulher continua a piscar.-você é sádica, sádica.-fala ele apertando e puxando a boca da mulher que ainda continuava piscando.
-Essa metralhadora...(risos)...tinha balas de mentira (risos).
-É...eu vi, eu vi...você é genial, é linda.-Fernando morde de leve o braço de Lety.-linda, maravilhosa, preciosa.-fala ele beijando sem parar a bochecha de Lety, enquanto ela rir e parece passar mal e ele a abraça, a levando para o carro.-vai, vai...pode caminhar ou quer ajuda?
-Hum, hum.-ela estava de boca fechada enquanto ele girava seu braço molinho.
-Atirou bem, atirou bem.-Fernando abriu a porta para ela.-se encheu de coragem.-fala ele a colocando no carro-entra aí, isso.-fala ele a jogando no banco? Acabei de me dar conta de um grande erro meu, nesse tempo eu ainda não a tratava como ela merecia, que monstro eu fui, tantos erros cometi com ela mas, o motivo é claro, eu tinha sim, um misto de vergonha de chamá-la de minha, fui sim, um covarde.-aí, aí, ótimo.-colocou o pé dela para dentro, depois corro para trás do carro e fico pasmo ao perceber que os faróis do carro tinham sido arrancados com brutalidade, levanto meus braços.-que pena que eram de festim..-corro de novo e sento ao lado do motorista.-vamos...vamos, se não vamos nos atrasar.-me sento e pego no volante, Lety continuava passando mal e eu pareço nem me importar, que droga Fernando, que inútil, que homem frio você é, mereci tudo que sofri...
-Por que estou tão enjoada seu Fernando?-pergunta Lety ainda passando mal.
O carro não pega fico assustado mas, ainda sim, eu ignorei a pergunta dela, ignorei o que ela sentia, nem sequer respondi, eu estava mais preocupado com os assuntos da empresa, admito, fui um infeliz com ela.
#Continua_amanhã

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 98

-Marta, não quero que chore, não hoje, porque hoje para você, não é dia de se lamentar, é dia de festa, de alegria Marta.-falou Fernando.
-Por quê?-perguntou Marta.
-Porque você foi promovida.-falou Fernando pegando a cabeça de Marta com as duas mãos e olhando no fundo de seus olhos.
-Co-como?-falou Marta nervosa.
-Sim, você agora é a nova Gerente de Pessoal e do departamento de Recursos Humanos.-falou Fernando feliz.
-Mas, e o Senhor Lopes?-perguntou Marta nervosa e entre soluços.
-Ele se aposentou.-falou Fernando discretamente.
-Se aposentou?-perguntou Marta.
-Sim, Martinha.-falou Fernando.
-E quem vai ficar na secretaria?-perguntou Marta.
-Nossa, querida Mireia ficará sendo nossa querida secretaria, ou melhor a minha secretaria e a Márcia está chamando a pessoa que lhe auxiliará Martinha.-falou Fernando.
-O-obrigada, Seu Fernando.-falou Marta emocionada.
-Não há de que, você merece isso e muito mais.-falou Fernando.
Márcia enquanto isso recebia um rapaz, alto, moreno e belo, que vestia uma camisa polo branca e uma calça jeans azul escura, com um sapato social.
-Com sua licença Dona Márcia!-fala o rapaz entrando na sala de Márcia.
-Pode entrar e sente-se aqui.-falou Márcia apontando para a cadeira a sua frente.
O rapaz sentou em sua frente e a olhou profundamente.
-Então, eu vi seu currículo e tenho certeza que você dará um bom secretario para a Gerência de Recursos Humanos.-falou Márcia.
-Obrigado, Dona Márcia.-falou o rapaz sorridente.
-Olha quero dizer que o senhor está contratado e tem mais estamos com uma nova gerente de recursos humanos e amanhã mesmo eu gostaria que você começasse.-falou Márcia.
-Sim, senhora, como a senhora quiser.-falou o rapaz.
Márcia se levantou e o rapaz também.
-Bem vindo a Conceitos, Juarez!-falou Márcia apertando a mão dele.
Lopes chegou em sua sala praguejando tudo.
-Maldita seja aquela Pilar, perdi meu emprego e minha esposa vai me matar, por causa dela e ainda por cima, fui chantageado pelo meu chefe.-fala Lopes com raiva.-mas, quem será que contou a ele sobre eu ter dormido com ela, quem, pode ter contado isso, que coisa estranha mas, não posso arriscar.-falou Lopes arrumando suas coisas em uma caixa.
Quando terminou de arrumar tudo, Lopes saiu com suas caixas, o quartel o olhou sem entender, Marta saiu no mesmo momento da sala de Fernando e os dois se olharam no fundo dos olhos, Marta jogou para Lopes um olhar de superioridade, Lopes passou a mão em sua careca e a olhou de volta e falou:
-Adeus, Seu Fernando.-falou Lopes.
-Adeus, Sr. Lopes, até a próxima.-falou Fernando em tom de ameaça.
-Sim, Sr. Fernando.-falou Lopes.
Depois saíram da sala Juarez e Márcia, Juarez olhou para o quartel e sorriu, Márcia apertou sua mão e falou:
-Até amanhã.
-Até!-falou Juarez sorrindo.
As meninas do quartel, o olharam admiradas.
-Nossa, que moreno lindo.-falou Paula Maria.
-Muito engraçado, Sra. Contreiras!-fala Ramon atrás dela.
-Ah Ramon para, como a sábia Lety disse um dia: Não é porque estamos de dieta, que não podemos ler o cardápio.-falou Paula Maria sorrindo.
-A Lety disse isso?-perguntou Fernando demonstrando irritação e piscando o olho.
-Sim mas, isso tem muito tempo, vocês não eram nem casados, nesse tempo.-falou Paula Maria.
-Eita irmão ciumento.-falou Márcia sorrindo.
-Mas, também, com essas mulheres que temos.-falou Ramon fazendo biquinho.
Todos riram. Passaram-se algumas horas,todos saíram da empresa, Fernando estava doidinho para chegar em casa, quando chegou estacionou o carro e subiu rapidamente, ao chegar no quarto e abrir a porta começou a sorrir bobamente.
-Minha família linda.-Fernando sorrir.
-Meu amor, que bom te ver, que bom que chegou.-Lety abre outro grande sorriso.
Fernando se aproxima, senta na cama, tira o sapato, vai ao banheiro, lava as mãos com sabonete e álcool gel, depois volta para cama, beija a boca de Lety, com muito amor e afeto, e se deita no travesseiro e fica a observar Lety dar de mamar para Jorge.
-Amor, acho tão lindo quando você dar de mamar para nossos bebês.-fala Fernando ainda bobo.
-Obrigado amor. Sabe, um dia eu vou tirar uma foto sua, isso uma foto do seu rosto de papai babão e bobão, você vai amar.-fala Lety sorridente.
-E eu vou gravar esse seu sorrisinho lindo.-fala Fernando pegando no queixo de Lety e apertando.
-Ainnn, para de mangar do meu sorriso.-fala Lety sem graça.
-Maria, por favor, me dar um dos dois para mim mimar um pouquinho.-falou Fernando.
Maria pegou Márcia e deu a Fernando.
-Ow a plincesinha do papai.-falou Fernando apertando de leve a bochechinha de Márcia.
-Fernando você é tão lindinho como papai.-falou Lety sorridente.
-Obrigado amor, não faço mais que meu próprio prazer e obrigação.-falou Fernando ainda bobinho.
-Dona Lety, acho que já está bom.-falou Maria.
-Ok, Maria.-falou Lety entregando Jorge a Maria.
-Pronto acabou.-falou Lety com alívio.
-Como assim?-perguntou Fernando confuso.-quer dizer que só porque eu cheguei você termina.
-Amor, não podemos esperar você, para alimentar os bebês.-falou Lety sorrindo.
-E quem disse que eu pedi isso, eu não quis dizer isso mas, tudo bem.-falou Fernando sorrindo.
-Vamos botá-los para dormir.-falou Lety sorrindo.
-Claro, eu amaria.-falou Fernando se levanta com a pequena Márcia.
Lety pegou Carlos e Maria pegou Jorge e os três foram colocá-los para dormir.
Chegando no carro cada um, colocou um no bercinho e ficou ninhando os bebês, depois, Lety e Fernando foram para seu quarto e Maria para o seu. Chegando no quarto, Fernando olhou para Lety, desejosamente.
Música: https://www.youtube.com/watch?v=snFhcHHdzT0
-Sabe Lety, já se passaram 1 mês, que a senhora, deu a luz e sabe, vendo é...vendo..você dando de mamar, me lembrei minha Lety, que passamos 7 longos meses separados e meu corpo sente muita falta do seu, minha alma, está quase perdida por está longe da sua.-falou Fernando chegando lentamente perto de Lety e pegando devagar em sua cintura e apuxando devagar para perto da dela.
-Ai amor, eu também, estou com saudades do meu maridinho, com saudades, do seu toque, dos seus carinhos, de suas carícias, do seu jeito tão único de me amar.-falou Lety acariciando o rosto de Fernando bem devagar.
-Pois, não temos nenhuma razão para renunciar esse momento, eu te desejo, você me deseja, nada pode estragar isso meu amor.-falo Fernando beijando o pescoço de Lety e a guiando devagar para a cama.
-Eu me entrego toda em suas mãos, quero ser sua, toda sua, meu amor.-fala Lety enquanto Fernando a deita.
-Então, eu também quero ser seu.-Fernando tira a camisola de Lety.
-Então, você me tem em suas mãos, meu seu Fernando, estou em suas mãos para o que quiser de mim.-fala Lety sorrindo.
Fernando beija devagar o pescoço de Lety, depois passa para seus ombro, enquanto Lety tira sua gravata  e desabotoa  sua camisa depois tira o terno e a camisa juntos, Fernando abre o sutiã de Lety e beija-a na boca com muito amor e ternura, depois Lety beija o ombro de seu marido, enquanto ele morde seu ouvido bem devagar, Lety beija o pescoço de Fernando, deixando-se levar pelo o amor que os guia, que dar a eles a sustentação e a força para viver, Fernando começa a tocar Lety, a toca com amor, ternura e cheio de saudade, a cruel saudade que os invade, eles mostram em seus movimentos, que nesse amor, não existe distância que resista ao grande sentimento que os rege, não existe nada que os faça desistir de se amarem, Fernando demonstra a vontade, a sede daquele sentimento e a fortaleza e coragem que ele lhe deu para que ele ainda que com lágrimas, não desistisse do seu amor e de escolher o correto; já Lety demonstrava o alívio de ter Fernando ali ao seu lado e em suas mãos, de tê-lo de volta, de tê-lo e de saber da certeza do para sempre, da certeza do grande sentimento, do sentimento bom que os rodeava, o sentimento que ainda que com a distância, com os imprevistos e com um perigo de morte não se desfez mas, aumentou, aumentou e se preencheu nos braços de Lety, nas mãos de Fernando, na vontade de ter esse amor, de ter esse sentimento e dessa entrega total, que só ao verdadeiro amor é entregue.
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

CAPÍTULO 97

-Nossa, quero parabenizá-la mas, o Fernando não me deixa sair de casa.-falou Lety sorrindo.
-Eu sei, ele falou hoje na comemoração.-falou Paula Maria.
-Comemoração? Meu Deus que lindo meu marido.-falou Lety sorrindo.
Mireia entrou na sala e sorriu, Fernando fez gesto para que ela sentasse. Mireia gentilmente sentou.
-Mireia, caríssima Mireia, que bom que veio.-falou Fernando sorrindo.
-Eu que me sinto grata pelo seu convite.-falou Mireia.
-Então saiba que não será fácil.-falou Fernando em tom muito sério.
-Pois saiba que estou preparada, para tudo que me propuser.-falou Mireia decidida.
Fernando sorriu.
Lety estava sorrindo e aguardando ansiosa pelo resultado do plano de Fernando.
Depois que Mireia saiu, Fernando saiu junto com ela e foi até onde estava Marta.
-Marta, chame para minha sala, o Dr. Lopes, agora!-falou Fernando seriamente.
-Sim, senhor!-falou Marta.
Fernando saiu e foi para sua sala e Mireia sentou no sofá novamente.
Marta, ligou para Lopes.
-Doutor Lopes, o Seu Fernando, está lhe chamando para a sala dele.-falou Marta.
-O que ele deseja Marta.-fala Lopes aos gritos.-eu estou ocupado, há muitos comerciais aqui e o seu Luidi está me enlouquecendo tenho 40 contratos para digitar.
-Então, o senhor não vai?-pergunta Marta.
-Não, agora.-gritou Lopes e desligou na cara de Marta.
Marta liga para Fernando.
-Seu Fernando, Dr. Lopes disse que não pode vir agora. E pediu para o senhor esperar porque tem 40 contratos para fazer.-falou Marta nervosa.
-Tudo bem Marta. Obrigado!-falou Fernando depois desligou.
Fernando muito zangado, pega o telefone e liga para Lopes. Lopes atende o telefone, furiosamente.
-Marta, eu já disse que não vou agora, estou ocupado, depois eu vou.-gritou Lopes.
-Você está louco Lopes de falar assim com seu chefe.-fala Fernando muito zangado.
Lopes nervoso passa a mão em sua careca e diz gaguejando:
-Se-Seu Fer-Fernando?-falou Lopes.
-Eu mesmo e quero que você compareça agora a minha casa.-Fernando furiosamente diz batendo na mesa.
-S-Sim, senhor!-fala Lopes nervoso.
Fernando bate o telefone e senta em sua cadeira. Lopes sai da sala muito assustado e chegando próximo a porta de Fernando olha para Marta e novamente passa a mão em sua careca a esnobando. Depois bate na porta de Fernando.
-Entra!-grita Fernando.
Lopes abre bem devagar a porta.
-Estou aqui senhor.-falou Lopes.
-Sente-se Lopes.-fala Fernando gesticulando para a cadeira.
-Si-sim senhor!-Lopes senta.
Fernando olha para Lopes e começa a sorrir.
-Lopes, Lopes. Lopes, Lopes!-fala Fernando zombando de Lopes.
-Seu Fernando.
-Lopes, você trabalha aqui desde o tempo do meu pai.-fala Fernando.
-Sim seu Fernando, meu prazer é servir a família Mendiola.
-Entendo.-fala Fernando.-Lopes, você, sabe bem das regras da nossa empresa, não é verdade?-pergunta Fernando.
-Sim, eu sei, Seu Fernando.
-E você sabe me dizer se todos andam seguindo as regras direitinho.-falou Fernando.
-Sim, Senhor, estão.-falou Lopes.-eu mesmo estou me encarregando disso.
-Sim, eu percebi, inclusive, sou muito bem informado como sabe e fiquei sabendo de uma informação, interessante a seu respeito.-falou Fernando se levantando e Lopes arregalou os olhos.
-Q-Que informação?-pergunta Lopes nervoso.
-Bem...ouvi falar que você estava...traindo sua esposa...-falou Fernando o instigando.
-E-eu-Eu?-pergunta Lopes admirado.
-Sim, você mesmo.-fala Fernando ficando cara a cara com Lopes.
-Não, seu Fernando, eu jamais, jamais em minha vida, trai a minha esposa.-falou Lopes.
-Ah é mesmo...interessante...sabe Lopes, acho bom você falar a verdade para mim...-falou Fernando estalando os dedos e furiosamente falando com Lopes.
-Mas, seu Fernando...-falou Lopes fingindo.
-Nada de mas, Seu Fernando...Dr. Raimundo Lopes, eu sei que você, deitou com a Ruth e em troca d uma noite com ela, você deu a ela um crachá de visitante da empresa e sabe para que? Para que ela pudesse tentar matar minha esposa, ela sabotou o carro de minha esposa e se não fosse por Deus, a Lety estaria morta saiba disso e a culpa é sua, e se isso tivesse acontecido, você também ia ser preso, não quero saber se você ia gostar ou não.-falou Fernando pegando com fúria na cadeira onde Lopes estava sentado.
-Eu...eu...não fiz isso...-fala Lopes nervoso.
-Lopes, você não está entendendo, eu tenho provas e se você, não assumir seu erro e fizer uma outra coisa que eu vou lhe propor, você sairá daqui não apenas demitido mas, preso também, assim como sua Ruth.-fala Fernando furiosamente.
Lopes ficou mudo...
-E tem mais, você está demitido mas, preso, você só vai se quiser, se você cooperar comigo, não vai ser preso mas, se você não cooperar, eu garanto Lopes, que você sairá dessa empresa preso, com todos vendo.-falou Fernando olhando no fundo dos olhos de Lopes.
-Tá bom seu Fernando, é verdade, e-eu, passei a noite com a Ruth, porque ela aceitou e depois ela me chantageou dizendo que ia me denunciar se eu não desse um crachá para ela.-falou Lopes nervoso.
-Hum, que bom que você está colaborando.-falou Fernando.-então quer dizer que você ao invés de se dar o respeito, se deitou com a Ruth para poder ficar com uma novinha. Lopes, que feio, que feio. E ela ainda te chantageou.-falou Fernando.
-Seu Fernando, o senhor vai me denunciar?-perguntou Lopes.
-Não mas, exijo que você testemunhe no jurí da Pilar, que você seja testemunha de acusação dela se você não fizer isso, te denuncio e te mando para a cadeia porque agora além das provas que eu tinha.-falou Fernando dando as costas para Lopes.-eu também gravei sua confissão.-falou Fernando mostrando o gravador e tirando a fita.-por isso Lopes, você é quem sabe.
-Sim, eu-eu irei.-falou Lopes.
-Ah e antes que eu esqueça.-falou Fernando rapidamente indo ao encontro de Lopes e retirando seu crachá.-Você não trabalha mais aqui e pegou um papel de cima de sua mesa e entregou a ele.
Lopes olhou para Fernando e Fernando disse:
-Agora o senhor pode se retirar.-falou Fernando sorridente.
Depois Fernando saiu e chamou Marta. Lopes foi para sua sala e pediu uma caixa do almoxarifado.
-Sim, Seu Fernando.-falou Marta humildemente enquanto uma lágrima escorria de seus olhos vermelhos e lacrimenjantes.
Fernando se aproximou dela e subiu sua cabeça pegando em seu queixo.
-Marta, você estava chorando?-perguntou Fernando.
-Não.-fala Marta tentando disfarçar.
-Vamos Marta, é por causa do imbecil do Lopes que desligou na sua cara?-perguntou Fernando carinhosamente.
-Sim!-falou Marta desabando em choro.
Fernando a abraçou e disse:
-Marta, não quero que chore, não hoje, porque hoje para você, não é dia de se lamentar, é dia de festa, de alegria Marta.-falou Fernando.
-Por quê?-perguntou Marta.
-Porque você foi promovida.-falou Fernando pegando a cabeça de Marta com as duas mãos e olhando no fundo de seus olhos.
-Co-como?-falou Marta nervosa.
-Sim, você agora é a nova Gerente de Pessoal e do departamento de Recursos Humanos.-falou Fernando feliz.
#Continua_amanhã