- -É claro, você saiu feito louco na frente.
Eles estavam cavalgando rapidamente, o vento passava veloz por eles.
-Olha só isso...-fala Fernando indo o mais rápido que podia.
-Você lembra, só fazíamos isso quando crianças...-fala Omar quase empatando com Fernando.
-É verdade, e você sempre perdia.-Fernando sorria.
-Não mesmo, eu sempre ganhava de você.-fala Omar.
Enquanto conversavam, os cavalos tomaram um susto e se levantaram, Omar caiu ao chão rolando.
-Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
Fernando conseguiu se segurar, por sorte.
-Calma, é só uma cobra.-fala Fernando indo socorrer o amigo.
-Aiiiii, meu braço.-fala Omar desesperado apertando o braço contra seu peito.
-Temos que matar, essa cobra.-fala Fernando preocupado.
-Mata você então.-fala Omar com a voz de dor.
-Não, eu proponho que tiremos ímpar, par para ver quem mata a cobra.-fala Fernando com um sorriso receptivo.
-Tá louco, meu braço está doendo seu maluco.-ele aperta mais ainda o braço.
-Ah é verdade eu esqueci.-fala Fernando se levantando e indo pegar um pedaço de pau, que estava jogado do outro do mato.-Omar como eu vou fazer?-pergunta Fernando com medo.
-Fernando, você precisa ir só, porque eu estou com mais problemas que você.-fala Omar se contorcendo de dor.
-Tudo bem, eu já entendi.-fala Fernando indo para perto da cobra, mas, quando pensava em tacar o pedaço de pau nela, ele dava um passo para trás, depois voltava tentar tacar e dava outro braço para trás.
-Fernando, deixa de ser medroso, joga essa cobra fora do caminho e pronto.-fala Omar gritando com o braço dolorido.
-Ah já que você acha tão fácil, vem fazer.-fala Fernando ainda tentando tacar e dando um passo para trás, se aproximando novamente e dando outro passo para trás.
-Carol, eles estão demorando, não estão não?!-pergunta Lety preocupada.
-Não, eles estão bem, o Omar sempre demora a voltar, tem horas que acho que ele gosta mais do cavalo que de mim.-fala Carol sorrindo.
-Vocês vem sempre aqui?-pergunta Lety surpresa.
-Sim, todo domingo, eu trago o Omar, porque assim ele se distrai um pouco e assim eu também fico calma. Ele ama vir aqui e passear com o cavalo dele.-fala Carol.
-Que bom, o Fernando já gosta de se distrair com os filhos.-fala Lety.
-O Omar também mas, eu prefiro que ele venha aqui, ele gosta de equitação e sei que ele sente falta de ter esse tempo para cavalgar.-fala Carol.
-É o Fernando também, apesar de que as vezes ele nem parece lembrar mais do cavalo...-Lety sorrir.
-A gente pensa que não mas, no fundo eles lembram sim.-fala Carol.
-Será que ele sente tanta falta assim?-pergunta Lety.
-Não sei, mas, veja o tanto de tempo que ele está fora...
-Fernando, por favor, pelo menos afasta essa cobra para a gente poder passar.-fala Omar desesperado.
-Não é tão fácil...-fala Fernando ainda tentando bater na cobra.
-Ah eu-eu tenho uma ideia.-fala Omar um pouco animado.
-Pois fala criatura.-fala Fernando desesperado com o pedaço de pau na mão.
-Você lembra daqueles homens que conseguem controlar as cobras?-pergunta Omar animado.
-Como assim, controlar as cobrar?-pergunta Fernando indignado.
-Sim aqueles lá que...fazem as cobras sair de dentro de um vaso.
-Ai meu Deus, porque eu ainda dou ouvido para essa pessoa?-pergunta batendo a mão na prórpia cara.-Omarzinho...para começar eu não tenho uma flauta...
-Arranja uma, ora...-ele fala se remoendo de dor.
-Sim, no meio do mato, é fácil encontrar uma flauta...nem se eu fosse índio.-fala revoltado.
-E se você tentasse falar com ela?-pergunta Omar animado.
-Ai meu Deus, ilumina ele...EU NÃO SOU O HARRY POTTER.-grita Fernando.
-E o que isso tem a ver?-pergunta Omar confuso.
-Aiii, sério? É porque...ah esquece depois eu explico, não vai embolar seu último neorônio pensando nisso.
-E o que vamos fazer?-pergunta Omar desesperado.
-Vamos?-pergunta Fernando ainda revoltado.-eu vou tentar algo.-Fernando volta a dancinha de tentar bater na cobra e dar um passo para trás.
-Aí está você...-fala um homem altão e moreno se aproximando.
-Claro eu estou tentando matar essa cobra.-fala Fernando agoniado.
-Por que você quer matar a Kika?-pergunta o homem chegando perto da cobra a pegando pelo braço e colocando em volta do seu pescoço como se fosse um casaco.
-Quê?-pergunta Fernando com os olhos arregalados.
-Vamos Kikinha e não fuja mais do papai.-ele sai com a cobra nos ombros.
-Que espécie de louco é esse que cria uma cobra?-pergunta Fernando revoltado jogando o pau novamente na beira do caminho e espalmando as mãos para tirar a terra, depois tirou a camisa e a colocou para servir como tipoia para o seu amigo.
-Vem, eu te ajudo a levantar.-fala colocando o braço bom de Omar em seu ombro.
-Aiiiiiiiiiii!-grita Omar.
-Ah vai, deixa de drama.-fala Fernando indignado.
-É que não é você.-fala Omar com o braço dolorido.
-Vamos, te ajudo a subir no cavalo.-fala Fernando.
-Como?-pergunta Omar assustado.
-Qual o problema?-pergunta Fernando surpreso.
-Todos, eu não vou em cima do cavalo.-fala Omar com a voz de tristeza.
-Tá ok, vou amarrá-los juntos então.-fala Fernando, soltando Omar e juntando as rédeas dos dois cavalos e os puxando.
Os dois iam caminhando um ao lado do outro.
-Nossa como estão custando, estou ficando preocupada.-fala Carol.
-Ué mas, não foi você mesmo quem disse que não precisava de preocupação.-fala Lety relaxando com um bebê em cima de seu corpo e os outros dois dentro do carrinho, enquanto ela estava deitada em uma daquelas cadeiras de praia.
-É mas, ele nunca demorou tanto.-fala Carol se levantando e olhando para a floresta, para ver se os via mas, ainda nada.-Nossa como estão demorando.
-Mas, realmente eu acho isso a um tempão.-fala Lety se levantando também e olhando em volta.-ali não são eles.-fala Lety apontando para dois homens um que estava com camisa e o outro sem camisa e puxando dois cavalos.
-Será? Eu acho que não, um tá sem camisa, deve ser funcionário do clube.-fala Carol.
-Mas, o sem camisa parece muito com o meu marido Carol.-fala Lety preocupada.
-E por que ele tiraria a camisa?-pergunta Carol confusa.
-É o que vamos saber agora...-fala Lety.-porque são eles.
-É verdade são eles mas, a camisa do Fernando está no braço do Omar como se fosse uma tipoia, acho que aconteceu alguma coisa.-fala Carol.
-É verdade.-fala Lety indo correr ao encontro dos dois e deixando os filhos com as babás.
#Continua_amanhã
sábado, 23 de maio de 2015
CAPÍTULO 177
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